...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

BUROCRACIA




Existe aí uma doença que afecta em particular os funcionários públicos. Conheço o morbo porque trabalho no Estado, ainda que geralmente colocado em empresas privadas.
Chama-se SAC, síndroma do ar condicionado. É causada pela Legionella burucratus comunitensis. A Legionella viriatus, a estirpe que assola o país, também se instala nos sistemas de ventilação. Os sintomas são patognomónicos e incluem astenia, alucinações e perda da noção da realidade.

Numa fase inicial, causa fraqueza. Na minha repartição, um papel avisa que o pedido dum certificado, emitido em 10 minutos, deve ser efectuado com 48 de antecedência. Quando pedi à (simpática) administrativa que me tirasse um molho de fotocópias, numa quarta-feira, disse que teria que adiar, porque ia de férias na semana seguinte...

Nos indivíduos mais velhos, dá cegueira. Uma colega minha, quando um informático lhe mostrava uma nova aplicação no computador e lhe pediu para abrir o ficheiro, olhou para a estante e perguntou “qual?”.

Há ainda o esquecimento: um pedido de atribuição de número de operador ficou 7 anos numa secretária, pois o responsável reformara-se, alguém ocupou sua a mesa, mas não tocou na pilha lá deixada…

Outros enfermos caracterizam-se por desinteria… normativa. A doença afecta particularmente pessoas com funções legislativas e de planeamento, que passam a julgar que devem ter ideias, para justificar a sua existência – e inventam!!! É o problema de ser pago para pensar, vêm ideias e idiotices. E já não é mau quando sai à primeira, por vezes é necessária uma contra-circular e/ou o esclarecimento, seguido do seu respectivo esclarecimento.
Como resultado, sobrecarregam-se os cidadãos de regras, até ao absurdo.
E quanto maior a regulamentação, maior a desregulação, porque a capacidade de intervenção não estica
. Toda a gente fala nos mesmos exemplos da normalização comunitária, como o tamanho da cenoura e a maçã com bicho. Ninharias. Sabem que há legislação sobre os materiais de investigação e manipulação (vulgo brinquedos) que os porcos de engorda devem ter nos parques, para se entreterem?

4 comentários:

  1. Queridos amigos e concidadãos Cartaxeiros... é com alguma tristeza que vos escrevo este comentário porque ifelizmente vos vou deixar.
    Entrei aqui a primeira vez há cerca de uma semana e confesso que não gostei do que vi.

    No entanto, com o intuito de dar o meu contributo, comentei deixei-me ficar, repousando sobre muitas das incorrecções que vi aqui escritas.

    Até porque pensava que, à semelhança da revista, este fosse um espaço positivo! Uma boa onda!

    É com tristeza (muita) que tenho que constatar que, concretamente este blogue apenas tem fins eminentemente destrutivos - seja do que for!

    Nesste post em concreto - humilha-se os funcionários públicos! noutros que tais...

    As instituições que vierem à cabeça de quem... cospe no prato onde diariamente come - Facto que atenua a minha tristeza - dando a um cenário de escuridão um aspecto Hilariante.

    Deus queira que apareça um blogue da Nossa Malta Cartaxeira que, não se preocupando apenas com copy paste de notícias da conveniencia de alguns (não estou a dizer que é este o caso) ou por outro lado, mesmo sem esse "artefacto" apenas sirva intenções claras e sectárias puras.

    Atenção: liberdade na minha opinião não é uma religião que prcura seguidores desenfriadamente - que aparentemente aqui têm os seus Pastores.

    Ser livre é... Ser livre!

    Não se preocupem tanto em escrever "poemas" para dizer mal e aparecerem os coitadinhos que há em nós...!

    Energia! Ânimo! Acho que é disso que o cartaxo precisa!´

    Pelo menos eu disto não preciso... Nem tão pouco quero fazer parte!

    Saudações.

    Sejam felizes.

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  2. Caro Mehter, agradecemos o seu comentário. Contudo devo dizer-lhe que não é de todo o propósito deste blogue ser destrutivo. Aqui dá-se espaço á opinião de cada um (tal como foi o seu caso e é por isso que os comentários não são censurados). Aqui cada um é livre de escrever o seu ponto de vista, seja ele positivo ou negativo. Aqui também se tem mostrado excelentes exemplos de criatividade e de talento. Como tal, não sejamos redutores e generalistas como é frequente quando se critica a iniciativa dos demais. Agora, uma coisa é certa as verdades podem e devem ser ditas mesmo que não sejam belas e agradáveis.

    Ainda bem que todas as semanas o nº de leitores tem aumentado.

    Ainda bem que nem todos gostamos do mesmo.

    Ser diferente é bom!

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  3. Caro Mehter:
    Sem ironias, tenho pena que te vás embora. Até tinha graça que a nossa CEO te concedesse antena para expores as coisas boas que te vão na alma, pois vejo que és um optimista (em particular quanto ao espantoso progresso Cartaxense?).
    Não é correcto que só se diga mal neste espaço, fala-se de música, de pintura, há curtas metragens. 'Tá feita a propaganda.
    Quanto a intenções, é difícil encontrá-las, se reparares escreve-se sobre as coisas mais díspares, sem coerência aparente "cada louco com a sua mania". Quanto à política, há de tudo, do CDS ao BE, só ainda não encontrámos um apóstolo do Caldas, haverá por aí algum?
    Quanto a criticar o Estado, tenho e ousadia de afirmar que sou competente no que faço e mereço o meu ordenado, não é favor. Mas conheço por dentro os defeitos de organização ou de parte, repito parte, dos seus 700000 colaboradores. Talvez a analogia não seja perfeita, mas um sportinguista não pode gozar com o Paulo Bento?
    Sê feliz.

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  4. Mehter:
    Começas com ‘queridos amigos’, o que só por si é estranho. Não gostas do Bloco Esquerda. Gostas do Cartaxo e dos Cartaxeiros. Defendes os funcionários públicos. Pedes a Deus para ‘mandar’ um blogue para Malta Cartaxeira. Mas apenas contribuis com insultos e sobranceria. Grande confusão…Parece mesmo conversa de alguém do PS (Cartaxo). Serás funcionário público a trabalhar na Câmara (e provavelmente a tua família também)? E apóstolo do Caldas, serás? Falas na Malta Cartaxeira, cá para mim conheces aqueles a quem te diriges! Mas há uma coisa que não percebo: invocaste Deus! Não me digas que és socialista e vais à igreja? E comes a bolachinha de água e sal…aposto.

    Fernando

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