...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

sábado, 5 de fevereiro de 2011

ROBERT CAPA ESTAVA LÁ

"Para mim, Capa vestia o traje de luz de um grande toureiro, mas ele não matava; grande jogador, ele lutava generosamente por si e os outros num turbilhão. Quis a fatalidade que ele fosse atingido em plena glória".
Cartier-Bresson

Leon Trotsky, Copenhaga 27.11.1932
Teruel 1937. O reporter Hemingway ajuda soldado a desencravar a arma

A morte do soldado legalista, guerra civil espanhola

25.10.1938 adeus às brigadas internacionais, desactivadas pelo governo repulicano

Ernest Hemingway e o filho, 1941
Dia D, Omaha beach
Pablo Picasso 1948
14.5.1948 independência de Israel
Chegada a Israel, 1948
Imigrantes
Israel 1949
Imigrantes 1950
Jerusalém 1950. Funeral de cinzas de 200.000 vítimas do Holocausto


"Se a sua foto não ficou boa, é por que você não chegou perto o suficiente”. Capa

Robert Capa (1913-1954), nascido Endre Erno Friedmann em Budapeste, descendente de judeus, foi um dos maiores fotógrafos de guerra do mundo. Incomodado com o regime conservador no seu país, e o regime com aquele marxista, partiu para Berlim em 1930 e entrou numa agência de jornalismo. O seu primeiro trabalho importante foi a cobertura dum congresso em Copenhaga, onde estava Trotsky.
Capa era fundamentalmente um fotógrafo de guerra. E como tal cobriu os eventos mais importantes de seu tempo. Quando Hitler chega ao poder, Friedmann marchou para Viena e depois Paris, onde, com a sua noiva Gerda Taro, partilharam um pseudónimo, o americano "Robert Capa".

Em 1936, partem os dois para cobrirem a guerra-civil espanhola. Capa ficou então famoso com a publicação da sua obra-prima, a foto de um soldado republicano a morrer no campo de batalha (estudos da imagem insistem que a foto foi tirada a milhas da batalha ocorrida nesse dia, e que foi tudo encenado, mas um irmão reconheceu Federico Borrell García, morto nesse dia 5.9.36, na batalha de Cerro Muriano). Gerda morreu atropelada por um tanque republicano, no meio dum raide aéreo, e Capa partiu em 1938 para a China, fotografando à invasão japonesa da China. A rendição da França ao fuhrer obriga a nova partida em 1940, para Madrid e depois para os EUA. Regressa com os marines, assistindo ao desembarque na Normandia (gastou 4 rolos sob fogo cerrado, mas só 11 fotos sobreviveram a um erro na revelação). Dizia que o maior desejo dum fotógrafo de guerra e o desemprego.
Novo furo profissional, presenciou o nascimento de Israel e a epopeia da chegada de milhares à terra prometida, e fundou mais tarde a Agência magnum, com Cartier-Bresson e David Seymor.
Capa morreu (adivinhem!) no campo de batalha, ao pisar uma mina terrestre na Indochina, em 1954. Consta que o encontraram com as pernas desfeitas, mas a câmara firme nas mãos.

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