...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PUÂÂÂRTO (II) - O CAFÉ MAJESTIC

A 17/12/1921, no nº 112 da Rua de Sta. Catarina (prédio construído em 1916), abriu o Café Elite, da lavra do arquitecto João Queirós, talvez inspirado no decano café-botequim Lusitano (ex-Portuense) - cheio de espelharia, candelabros e arrebiques, onde as damas tomavam um sorvete, os cavalheiros jogavam Dominó, Boston ou Voltarete, ou ouviam à noite o terceto de piano, violoncelo e contrabaixo. 
No ano seguinte, a 31 de Julho de 1922, com a entrada de novo sócio, muda para Majestic - nome que "não deixa de ser fino, mantém as referências ao sublime majestático e faz apelo a um certo chic parisiense, tão ao gosto da época".
Por lá passavam Gago Coutinho, sempre acompanhado por belas mulheres (incluindo Beatriz Costa), Teixeira de Pascoaes, António Nobre e José Régio, mas ainda hoje mantém uma agenda cultural.
A 31 de Agosto de 1983, o degradado café com traça Arte Nova é salvo pela classificação como imóvel de interesse público e património cultural, e pela entrada, nesse ano, duma nova gerência.
Tornado café de turistas, uma espécie de Brazileira do chiado, merece a visita pelos grandes e velhos espelhos (que dão uma falsa amplitude), as colunas de mármore, os candeeiros trabalhados, os florões e esculturas em estuque, as cadeiras de couro (as originais eram em veludo vermelho) ou o jardim de inverno. E pela salinha de exposições na cave, já agora.
A Ucityguides foi conquistada pelo seu ambiente Belle Epoque, nomeando-o o 6º café mais bonito do mundo.







Sem comentários:

Enviar um comentário