...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ANO NOVO: INFORMAÇÃO QUE NÃO INTERESSA A NINGUÉM


Estamos a acabar o ano de 2009, mas nem todos. Outros há que vão mais ou menos avançados na contagem, ou celebram o novo ano noutra altura:
Calendário Chinês: o calendário é lunar e o ano dura 354 dias (a cada 8 anos acrescentam-se 90 dias) e cada ano começa com uma lua nova, entre 21/1 e 20/2.
Para baralhar, há ainda o ciclo dos 5 elementos (ouro, madeira, água, fogo e terra) que combina com o ciclo binário (anos pares yang, anos ímpares Yin), perfazendo 10 anos, e com o ciclo animal de 12 anos, num total de 60 anos (o actual começou em 1984 com Rato de Madeira e acabará no ano Porco da Água).
Calendário Maia (ainda utilizado em algumas regiões): usa ciclos de 260 dias (tzolkin, que inclui 20 trezenas de 13 dias) e anos de 365 dias (haab, que inclui 18 vintenas de 20 dias e mais 5 dias sem nome, agoirentos, quando as pessoas não saíam de casa, nem lavavam ou penteavam o cabelo). Cada dia dos 2 calendários tem um nome e a cada 52 haab correspondiam a 73 tzolkin, perfazendo uma roda calendárica ou século – o people nunca sabia se o mundo acabava no final de cada roda ou se começava outra. ´
Mas os gajos ainda tinham a “contagem longa” a partir dum dia mítico, no ano 3114 a.c., e a contagem lunar. Uma confusão.
Ah, o calendário maia acaba a 21/12/2012, considerado o fim dos tempos: alguns cientistas apocalípticos prevêem nesse dia um alinhamento da terra com o sol e o centro da via láctea, onde há um buraco negro supermassivo, blábláblá...
Calendário Judeu: o ano dura geralmente 354 dias e acerta através de 7 anos bissextos com um mês extra, a cada 19 anos (há anos defeituosos de 353 dias, regulares de 354 dias e abundantes de 383 dias).
O calendário começou com “a criação do mundo” a 7/10/3760 a.c. Vão no ano de 5769 e estamos no mês de Tevet (os 12 ou 13 meses estão desencontrados com os nossos).
Calendário Juliano: até 46a.c., o ano tinha 10 meses e começava em Março (daí Setembro ser o sétimo mês, e por aí fora). Júlio César introduziu nesse ano 2 meses, Novembro e Dezembro, empurrando Janeiro (dedicado a Jano, Deus das portas, passagens, inícios e fins) e Fevereiro para o ano seguinte (45 a.c. ou 708 da era romana).
Augusto (em 8 d.c., embora ele não soubesse) impôs um ano bissexto a cada 4 anos, aproximando o calendário das estações do ano – é o calendário actual.
Calendário Gregoriano: em 1582, o Papa Gregório afinou o calendário Juliano, fez sumir 10 dias e fixou o início do ano a 1 de Janeiro. As novas regras foram adoptadas primeiro pelos obedientes países católicos e só mais tarde pelos outros (Alemanha em 1700, Inglaterra em 1751 pela Inglaterra, China em 1912, Rússia em 1918, Grécia em 1913).
Uma explicação do dia das mentiras: o rei de França declarou em 1584 o 1/1 como o início do ano, mas alguns franceses ainda comemoravam a data antiga: o ano acabava a 25 de Março, quando chegava a primavera, e as festas demoravam até 1 de Abril – os brincalhões convidavam os resistentes à mudança para festas nesse dia, festas que não existiam.
Calendário muçulmano: começa com a hégira, a fuga de Maomé de Meca para Medina, a 6/7/622 d.c.. Como o ano tem menos 11 dias que o nosso, hão-de nos apanhar. Cada ano começa a 1 de Muharram, e o nosso próximo 1 de Janeiro será 15 de Muharram de 1431 para os islâmicos.
Eu cá acho o nosso calendário mai’ simples. E toda a gente o conhece.

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