Não gosto do CENTRÃO – acho que foi Aquilino que disse algo semelhante com “há para aí dois partidos que são tão iguais, tão iguais, que se podiam fundir, não tivessem que se revezar, porque o orçamento não chega para todos ao mesmo tempo”, o que mantém alguma actualidade.
O PS e o PSD são o Dupont e Dupond ou, melhor, o Tico e o Teco: agora acuso eu o Estado ao serviço do partido, a inviabilização de comissões de inquérito, a propaganda; a seguir criticas tu… Mas não são exactamente iguais, para começar, o Tico tirou o curso, o Teco não. Depois, o PS tem a cumplicidade do PSD na contenção do défice e na legislação do trabalho, cortesia que não retribui quando está na oposição.
SÓCRATES tem muitos créditos: energias renováveis, contenção do défice, desburocratização e simplex (empresa na hora, cartão do cidadão), aumento da base tributária (iniciada com a Senhora e o grande Paulo Macedo, lembram-se?), debates quinzenais na AR, informatização de escolas, alargamento do horário escolar e inglês (técnico?), diário da república electrónico (era pago e bem falta me faz), cheque-dentista, pequenas grandes vitórias na defesa do consumidor (telecomunicações, banca, seguros); e uns temas fracturantes, para calar a camarata (peanuts). Contra ele, a arrogância, o aumento dos impostos TODOS, as taxas moderadoras nas cirurgias e internamentos (para moderar o quê?), aumento das taxas da justiça (para moderar as TMN, impedindo a maralha), a diabolização e hostilização de sectores profissionais, uma machadada nas reformas (demograficamente necessária), a quase duplicação da Dívida pública, a colocação do Estado ao serviço do PS, a quebra das promessas - dignificação e auto-estima dos prof., fim de portagens, refendo ao tratado europeu, 150.000 empregos, revisão do código do trabalho, + vida além do défice. E respondam, houve algum PM com passado mais nebuloso?
A alternativa é fantástica, a Senhora da Verdade e Credibilidade pratica harakiri: Não é OPORTUNO impedir candidatos pronunciados de crime, como o António Preto, nem taxar indemnizações de administradores? Saneiam-se opositores internos, para não por a raposa na capoeira? A Madeira é um MODELO e não tem asfixia democrática, porque o povo escolheu (qualquer candidato PSD devia fugir à Madeira durante a campanha)? Promete RASGAR as políticas do PS e desmente na semana seguinte, dizendo que concorda com todas as políticas que o PS promete, o problema é que não as cumpre? Meus amigos, séria não é carrancuda. Acho até que a magreza do programa eleitoral não é contenção de promessas, é falta de ideias.
Fraca escolha. Mas enfim (shuif), tou a torcer para que a Senhora (Vecchia Signora, à Juventus, fica bem) ganhe no dia 27. Claro que a 28 acordamos angustiados com os novos gémeos Kaczynski (PR e PM da Polónia) no poder, em Outubro voltam os mesmos do costume, e lá para Janeiro está tudo a barafustar com ela – ninguém vai ao engano, já conhecemos os seus brilhantes consulados na Educação e nas Finanças.
Mas isso é outra história, como os comunistas, há que derrubar um inimigo de cada vez, e agora é tempo de repetirmos ao Sócrates o que o Soares ordenou a um polícia numa presidência aberta: “DESAPAREÇA!!!”.
O PS e o PSD são o Dupont e Dupond ou, melhor, o Tico e o Teco: agora acuso eu o Estado ao serviço do partido, a inviabilização de comissões de inquérito, a propaganda; a seguir criticas tu… Mas não são exactamente iguais, para começar, o Tico tirou o curso, o Teco não. Depois, o PS tem a cumplicidade do PSD na contenção do défice e na legislação do trabalho, cortesia que não retribui quando está na oposição.
SÓCRATES tem muitos créditos: energias renováveis, contenção do défice, desburocratização e simplex (empresa na hora, cartão do cidadão), aumento da base tributária (iniciada com a Senhora e o grande Paulo Macedo, lembram-se?), debates quinzenais na AR, informatização de escolas, alargamento do horário escolar e inglês (técnico?), diário da república electrónico (era pago e bem falta me faz), cheque-dentista, pequenas grandes vitórias na defesa do consumidor (telecomunicações, banca, seguros); e uns temas fracturantes, para calar a camarata (peanuts). Contra ele, a arrogância, o aumento dos impostos TODOS, as taxas moderadoras nas cirurgias e internamentos (para moderar o quê?), aumento das taxas da justiça (para moderar as TMN, impedindo a maralha), a diabolização e hostilização de sectores profissionais, uma machadada nas reformas (demograficamente necessária), a quase duplicação da Dívida pública, a colocação do Estado ao serviço do PS, a quebra das promessas - dignificação e auto-estima dos prof., fim de portagens, refendo ao tratado europeu, 150.000 empregos, revisão do código do trabalho, + vida além do défice. E respondam, houve algum PM com passado mais nebuloso?
A alternativa é fantástica, a Senhora da Verdade e Credibilidade pratica harakiri: Não é OPORTUNO impedir candidatos pronunciados de crime, como o António Preto, nem taxar indemnizações de administradores? Saneiam-se opositores internos, para não por a raposa na capoeira? A Madeira é um MODELO e não tem asfixia democrática, porque o povo escolheu (qualquer candidato PSD devia fugir à Madeira durante a campanha)? Promete RASGAR as políticas do PS e desmente na semana seguinte, dizendo que concorda com todas as políticas que o PS promete, o problema é que não as cumpre? Meus amigos, séria não é carrancuda. Acho até que a magreza do programa eleitoral não é contenção de promessas, é falta de ideias.
Fraca escolha. Mas enfim (shuif), tou a torcer para que a Senhora (Vecchia Signora, à Juventus, fica bem) ganhe no dia 27. Claro que a 28 acordamos angustiados com os novos gémeos Kaczynski (PR e PM da Polónia) no poder, em Outubro voltam os mesmos do costume, e lá para Janeiro está tudo a barafustar com ela – ninguém vai ao engano, já conhecemos os seus brilhantes consulados na Educação e nas Finanças.
Mas isso é outra história, como os comunistas, há que derrubar um inimigo de cada vez, e agora é tempo de repetirmos ao Sócrates o que o Soares ordenou a um polícia numa presidência aberta: “DESAPAREÇA!!!”.
meu caro. Boa análise sem dúvida, factual e realista mas algo resignada ou não? O Pedro dirá que a opção é votar BE e reforçar a "boa" esquerda, outros dirão que renovar as forças do CDS continua a ser viável, dos comunas nem se fala pois serão sempre iguais a si mesmos...que PSD teremos? é uma boa questão mas acima de tudo entendo que o actual estado da nação pede uma séria reflexão de todos. Para onde estamos a ir e para onde queremos efectivamente ir. Se é que queremos, ou pior, se sabemos se queremos...(ainda) se vai falando muito, alguma polémica cada vez mais passageira e pouco mais, num bas fond de descrédito progressivo e imparável na classe política e na sua capacidade de nos levar a bom porto. Eu acredito que é possível melhorar mas para tal terá de ser nova gente, com novas ideias e muito menos ligada aos interesses corporativos que eternizam uma teia apertada nos centros de decisão, com os resultados que conhecemos. Dizem-me que ainda somos uma jovem democracia e que já muito foi feito. Até aceito parte mas fico sempre com a sensação que perdemos mais, em oportunidades, do que ganhámos. E para finalizar que já vai longo, apetece dar vida ao bom do Robin Wood e dar-lhe não Sherwood mas este inefável país e dizer-lhe...boa sorte e leva o tempo que quiseres...será sempre melhor do que é. Aquele abraço. JF
ResponderEliminarResignado, não sei, desencantado como todos.
ResponderEliminarViável, o CDS é, e tem pontos fortes: consistente na segurança, persistente na agricultura, incisivo na regulação bancária, atento ao sector cooperativo, à demografia e 3ª idade, o único a propor alternativa mais pacífica de avaliação dos professores. Mas o CDS não interessa.
O diagnóstico é fácil, a terapia difícil. Foi a saturação dos partidos tradicionais e 35 anos abaixo do potencial que atirou as pessoas para utopias cujo cadastro é conhecido - à esquerda em Portugal, à direita na França e Holanda.
Sei para onde quero ir, mais longe, não para trás e para a "luta de classes entre o povo oprimido e os exploradores burgueses".
Por fim, o Robin Wood é ficção.
Abraço