Ora aí está uma razão para não dar por perdida uma manhã de domingo: aproveitar a entrada grátis do MNMC, um museu delicioso, não só pelo miolo - estatuária, pintura, cerâmica, tapeçaria, ourivesaria -, como pela côdea: o local foi centro administrativo, político e religioso na era romana, templo cristão pelo menos desde o séc. XI, paço episcopal desde a segunda metade do séc. XII e museu desde 1911 (fundado nesse ano e inaugurado em 1913).
E cheira a novo: encerrado em 2004, foi sujeito a obras entre 2006 e 2012, com a batuta do arquitecto Gonçalo Byrne. O criptopórtico romano, do séc. I (descoberto em 1927 e 'desentulhado' nos últimos anos) abriu em 2009 e o resto a 11.12.2012.
Até 29 de Setembro, há um brinde, a exposição itinerante da colecção de arte da fundação Millenium BCP, aqui intitulada '100 anos de arte portuguesa nos 100 anos do MNMC' (1884-1992).
A rematar, um almoço na esplanada do restaurante, preço em conta e vista fantástica. Para a digestão, andem 100 metros até ao
Paço das Escolas e entrem na biblioteca joanina.
n.r.: o museu foi crismado com o nome do coimbrão Joaquim Machado de Castro, talvez o nome maior da escultura portuguesa (a seu crédito, a estátua equestre de D. José e a estátua de D. Maria da BN, estátuas das quintas de Oeiras e de Caxias, ou uma série de presépios barrocos), mas não demos lá por nada seu.
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Loggia do final do séc. XVI, atribuída a Filipe Tércio |
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Cúpula da Sé Velha |
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Lápide dedicada pela cidade de Aeminium ao «dileto príncipe Flávio Valério Constâncio,
nascido para o bem e progresso da República, pio, feliz, invicto, augusto,
pontífice máximo, com o poder tribunício, pai da pátria, procônsul» (305-306dc) |
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Criptopórtico, galeria de dois pisos que sustentava o fórum da Coimbra romana
(Aeminium), de forma a contornar o declive da colina; iniciada em tempos de Augusto
e reconstruída por Caio Sevius Lupus, no consulado de Cláudio |
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Na vertical, ara consagrada aos deuses Manes, em memória de Vagelia Rufina
Júnior, por seu avô, Álio Avito, e seu pai, Silvânio Silvano (séc. II) |
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Agripina-a-velha (avó de Nero), cerca de 40dc |
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Vespasiano |
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Claustro românico do período condal (1100-1140) da primitiva igreja
de S. João de Almedina, aqui erguida no séc. XII |
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S. João de Almedina |
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Cavaleiro Domingos Joanes, sepultado na capela dos Ferreiros |
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Deposição de Jesus no túmulo, de João de Ruão. A composição, considerada uma das obras-primas
do escultor normando, apresenta S. João e as santas mulheres, trajando à moda do séc. XVI |
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Arca-relicário dos 5 mártires de Marrocos, estilo gótico precoce. Mosteiro de
Lorvão (séc. XIII-XIV). Reza a lenda que foi com a chegada das relíquias a
Coimbra, Fernando de Bulhões trocou a ordem Agostinha pela Franciscana,
com o nome de António de Lisboa |
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Cristo no túmulo, mosteiro de Santa Clara a velha (1375) |
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Virgem do Ó (gestante) de mestre Pero, Sé velha (séc. XIV) |
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Arcanjo S. Miguel, de Gil Eanes,
Igreja de S. Miguel de Montemor-o-Velho (séc. XV) |
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Virgem da Anunciação (séc. XVI) |
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Virgem do leite |
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Capela dos Ferreiros |
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Judas |
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Última Ceia de Filipe Hodart (1530-34), em terracota, já com elementos maneiristas e barrocos,
destinada ao mosteiro de Santa Cruz. Figuras inspiradas em mendigos e trabalhadores das
obras do mosteiro. Peças recuperadas do refeitório do Mosteiro de Santa Clara |
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Pietá de Frei Cipriano da Cruz, igreja do colégio beneditino de Coimbra |
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Virgem, Josefa d'Óbidos |
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Relicário |
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Custódia (séc. XVI) |
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Sé velha |
DA COLECÇÃO MILLENIUM BCP
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Nadir Afonso |
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Cargaleiro |
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Volta da Feira (chegada do Zé Pereira à Romaria), 1905, José Malhoa |
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Menez |
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Columbano Bordallo Pinheiro |
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José de Guimarães |
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Gaya (1971), Vieira da Silva |
Mais em
http://mybrainsociety.blogspot.pt/2013/01/museu-machado-de-castro.html#!/2013/01/museu-machado-de-castro.html
http://www.portugalnotavel.com/2010/08/criptoportico-romano-de-aeminium-no-museu-machado-de-castro-coimbra/
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