António Santiago Gonçalves Areal e Silva (Porto 1934 - Lisboa 1978) foi - dizem - um pintor neofigurativo e abstracto de feição geométrica, auto-didacta de 'composições abstractas com justaposição de imagens incoerentes, de estranho mas sugestivo efeito'. No catálogo da exposição 10 Artistas (galeria S. Mamede, 1972), escreve-se 'De raiz surrealista, tem efectuado uma assistemática campanha de vanguarda, que crê definir-se como autocrítica num plano dialéctico de contradição'. Rui Mário Gonçalves resumiu 'Um grande terror está presente em toda esta investigação visual e mítica, conduzida com uma técnica extraída à execução realística - ele próprio classificou alguns desenhos de «realismo divergente» - cuja intenção é despertar os nossos modos de interrogação, incitar-nos à projecção psíquica, desenvolver a nossa capacidade visionária'.
Eu sou mais básico, e não faço uma análise tão tricotada da obra de Areal, mas encontro lá o abstraccionismo, a geometria, o surrealismo (de que se afastará a certa altura) e o tal realismo divergente, quer na pintura, quer na escrita desconcertante.
Roguei ao proprietário duma colecção privada de obras de Areal, que me permitisse fotografar alguns quadros, todos em platex (material usado por Areal), porque eles merecem ser vistos por mais gente que as visitas de casa - mesmo com as limitações dum fotógrafo incompetente.
O primeiro quadro é, de longe, o meu preferido e, lembro como se fosse hoje (mistérios duma memória porosa), foi assunto de conversa na primeira vez que lá entrei, há uns 25 anos: são úberes, insistimos eu e o meu pai, contra a opinião do connaisseur.
1964 |
auto-retrato, 1972 |
Opus III, 1964 |
Série Capacetes, 1960s |
Série O Coleccionador de Belas-Artes (14 quadros), 1970 |
ca. 1966 |
Prémio de desenho, 1968, SNI |
ESCRITO
http://www.saomamede.com/artista.php?id_artista=26
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Areal
http://www.infopedia.pt/$antonio-areal
Sem comentários:
Enviar um comentário