Fosse há 80 anos, talvez eu andasse com um caderninho, onde apontasse o que me viesse à cabeça - uma espécie de diário, mas sem chavinha -, sentado no Martinho da Arcada, a partilhar uma garrafa de 'Águia Real', a sua predilecta, com o poeta fingidor (eis um claro exagero de imaginação, eu não bebo aguardente...). Talvez.
Não sendo assim, ponho aqui o que me dá na veneta. É uma espécie de sortido-rico, que cresce de forma aleatória e egoísta. Imaginem uma moleskine, que vai engordando com lembranças, citações, recortes de jornais, fotografias, talões de restaurantes. E post-its.
Só que esta é uma moleskine informática que não ocupa espaço e ainda dá para reunir uma colecção privada de arte à borla.
Aqui fica.