- Olá. Queria uma lixa, por favor.
Eu e o sr. da loja fitámo-nos por uns momentos, olhos nos olhos como num duelo de cowboys, à espera que o outro desenvolvesse a conversa.
- Para quê?
- Para lixar umas madeiras.
- Qual é o número que quer?
- Há de quantos a quantos?
- Há 50, 60, 100...
- A lixa mais fina tem o número mais baixo?
- Não, é o contrário. Quer uma 100?
- Ok. Levo 4.
E pronto. Lixei a mesa, ficou com um look 'casual red'. E, lá tinha que ser, comecei a pintar uma cadeira, mas ficou cheia de grumos - desconfio que devia ter deixado o pincel em diluente... Literalmente, que se lixe.
A empreitada do resto da 'mobília' foi ganhando ritmo, com o aumento da 'experiência' e o decréscimo da preocupação com o resultado - os meus valores são espirituais...
Ao som de Janis Joplin, custou menos.
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