(escrito no moleskine dum ministro)
21.06.2011
1. O Pedro deu-nos as boas vindas e alertou que o trabalho seria árduo e pouco popular. De tal forma que poderíamos ser quase um conselho de guerra.
2. Por sugestão de Portas (deve ter medo das Secretas estrangeiras hihihi), a primeira decisão é tratarmo-nos pelos apelidos desconhecidos, como aquele árbrito usou nos bilhetes para o Brasil pagos pelo FCP: o Sacadura, a Von Haff (não engana, a Paula T. da Cruz é a única loira), o Paulo Macedo é daqui para a frente o Moita, o Nuno Crato é o Arrobas, o miúdo Mota Soares é o Ruço, o Moedas é o Félix, o Miguel Macedo é o Silva, a Cristas é a Graça (ficou a Gracinha, afinal é a nossa bebé).
Eu sou o Caçola, mas quando chegou a minha vez ouvi o Ruço a sussurrar 'ele representa as bases, podia ser o básico', atirei-lhe a minha bic-laranja à tola e disse-lhe "toma esta, a que usaste na tomada de posse não tinha tinta".
Quando o Vitor Gaspar disse que se chamava Louçã Rabaça (explicámos ao Álvaro, que vive há 13 anos no Canadá, que é mesmo primo d'O Francisco), foi um pagode. Hã? despertou o Arrobas, entretido a escrever teoremas. O BE deve estar eufórico, o Louçã ficou com as finanças e o Portas com o MNE :).
Como o Pedro não tem apelidos secretos, e diz que era o candidato mais africano, ficou o retornado.
3. Discutiu-se o facto de haver ministros com 2 ministérios, e o que isso significa na diminuição de cargos. Por agora não vai haver mudanças, dois gabinetes, 2 grupos de secretários de Estado, de assessores e de secretárias. Depois logo se vê, o que interessa é passar a ideia da contenção.O miúdo perguntou se podia usar a Vespa nas deslocações, expliquei-lhe que é obrigatório ter motorista. "E não pode ser um sidecar?, insistiu. Garotada!
4. O Pedro teima que não vai nomear mais governadores civis. Chatice, já tinha tudo apalavrado.
5. Quanto a medidas, o Rabaça vai hoje a despacho à troika.
Acho que não vamos ter mais nenhum conselho de ministros tão bem-disposto como este, não tivemos que resolver problemas que fomos nós que criámos.
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