A MOEDA escolhida para substituir o real foi o escudo, alternativa já usada em alguns reinados, sendo o último o de João VI. Oficializada a 5/11/1911, durou até 2002, quando chegou o euro. Cada escudo equivalia a 100 centavos e a 1000 réis. Quem não se lembra que o pão custava 2 "mérreis", ou que uma coisa inútil não valia uns mérreis de mel coado?
O HINO foi fácil, pegou-se na música de Alfredo Keil (inspirada n’A Marselhesa) e no poema de Henrique Lopes de Mendonça, criados 20 anos antes, aquando do ultimato inglês. Uns cortes aqui e ali, troca-se bretões por canhões e já está.
A homologação na assembleia ocorreu a 19/06/1911.
A história do BUSTO da república é a menos conhecida das 3. Não passou à história a obra vencedora do concurso lançado em 1911, da autoria de Francisco dos Santos, que apresentava uma mulher mais elegante, mais parisiense. O busto que ficou para a posteridade foi a do 2º classificado, Simões de Almeida (sobrinho) e tinha seios mais fartos. Em comum, o barrete frígio, tipicamente português… A musa foi uma alentejana de Arraiolos, chamada Ilda Pulga (1892-1993).
Falta a BANDEIRA. 10 dias após a revolução, o governo escolheu uma comissão para projectar a nova bandeira. O grupo – que incluía Columbano Bordalo Pinheiro e João Chagas - inspirou-se (natural ou descaradamente) nas bandeiras dos centros republicanos e das sociedades secretas que tinham participado na revolução, a maçonaria e a carbonária.
Eis os motivos apresentados para a escolha, no relatório então produzido: o vermelho "cor combativa e quente, é a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à vitória"; o verde "cor da esperança e do relâmpago, significa uma mudança representativa na vida do país"; a esfera armilar é o símbolo dos Descobrimentos Portugueses, a fase mais brilhante da nossa História, portanto deve aparecer na bandeira; o escudo com as quinas deve continuar na bandeira como homenagem à bravura e aos feitos dos portugueses que lutaram pela independência; a faixa com sete castelos também deve permanecer porque representa a independência nacional.
O Governo aceitou a proposta, mas fez algumas alterações, sendo a nova Bandeira Nacional aprovada a 29/11/1910 e homologada pela Assembleia Constituinte a 11/06/1911.
Mas houve mais 27 propostas, algumas delas mais bonitas (voto na 11), outras disparatadas, outras difíceis de costurar, ora mantendo o azul e branco, ora optando pelo verde-rubro, à americana, à francesa, à commonwealth, com o losango ou a bola brasileiros, estilo sul-americano, com caravelas, louros, barretes frígios e até baralhos de cartas.
A alternativa mais mediática foi a de Guerra Junqueiro, que defendia as cores originais: "A bandeira nacional é a identidade duma raça, a alma dum povo, traduzida em cor. O branco simboliza inocência, cândura unânime, pureza virgem. No azul há céu e mar, imensidade, bondade infinita, alegria simples. O fundo da alma portuguesa, visto com os olhos, é azul e branco."
Estandarte do Grande Oriente Lusitano
OS OUTROS PROJECTOS
1. Guerra Junqueiro
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