Eu tive um sonho. Sonhei que a democracia era mesmo representativa, e que, em vez de advogados, macro-economistas, consultores e avençados em partidos, a assembleia da república tinha professores, funcionários públicos, pequenos empresários, reformados, trabalhadores fabris e desempregados - todos com prazo fixo de retorno às suas vidas.
Acordei assustado: os deputados eram bem menos alheios às consequências das suas medidas, mas havia de ser bonita a cacofonia, ninguém se entendia ou chegava a qualquer consenso criador, dadas as suas divergências insanáveis...
Depois veio o alívio: essa ideia (um corporativismo sem bolor) é tão surreal como cavalos alados, grilos falantes e pedras rolantes. E tão gira.
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