A cadeia da Relação (centro português da fotografia) tem como limite oriental a estreita Rua de S. Bento da Vitória, um troço cheio de história, não fosse aí o coração do gueto judaico (desde 1386, quando João I mandou concentrar os judeus num canto cercado do burgo, no morro do olival, até à expulsão dos que não aceitaram a conversão, em 1496).
Lá encontramos o Porto íntimo, a igreja do mosteiro beneditino (no local da antiga sinagoga, e que serviu de quartel e hospital militar, por franceses e portugueses, durante as invasões napoleónicas) e casas couraçadas de azulejo - povo, clero e burguesia num amplexo.
O melhor está ao fundo da rua: não o edifício decrépito, com os vidros partidos, o estuque 'desistente', meias na corda e uma tabuleta informando que o quintal é privado, mas o acesso permitido; não o terreiro picotado de lixo (onde os liberais instalaram uma bateria defensiva, virada para Gaia); mas a soberba vista sobre o rio. O escritor Richard Zimler crismou o local como o mais bonito miradouro (aqui, no sentido literal) da cidade do Porto, tendo reclamado com a câmara, sem sucesso, para lhe devolver a dignidade que merece, e que o turismo justifica.
Lá encontramos o Porto íntimo, a igreja do mosteiro beneditino (no local da antiga sinagoga, e que serviu de quartel e hospital militar, por franceses e portugueses, durante as invasões napoleónicas) e casas couraçadas de azulejo - povo, clero e burguesia num amplexo.
O melhor está ao fundo da rua: não o edifício decrépito, com os vidros partidos, o estuque 'desistente', meias na corda e uma tabuleta informando que o quintal é privado, mas o acesso permitido; não o terreiro picotado de lixo (onde os liberais instalaram uma bateria defensiva, virada para Gaia); mas a soberba vista sobre o rio. O escritor Richard Zimler crismou o local como o mais bonito miradouro (aqui, no sentido literal) da cidade do Porto, tendo reclamado com a câmara, sem sucesso, para lhe devolver a dignidade que merece, e que o turismo justifica.
Foto de George Tait, 1888 |