Há muitas razões para frequentarmos um café, ser perto, ser a escolha de amigos, ter pouco barulho, ter (ou não) espaço de fumadores, ter jornais.
A minha eleição é um café próximo de casa, grande, onde posso sentar-me longe dos outros clientes, evitando o tac-tac de conversas alheias, e ler o jornal. A maioria dos cafés da região tem o JN, mas este também tem o CM, o Público e, aos sábados, o Expresso. A variedade evita que fiquemos em 'lista de espera' e, sorte a minha, os jornais mais procurados são o JN e o Correio da Manhã, pelo que costumo encontrar o Público (e o Expresso) no escaparate.
A fidelidade ao estabelecimento tem a desvantagem dos outros clientes habituais tomarem a liberdade de fazer conversa, quando estamos (dado o tempo limitado da estada) totalmente embrenhados no scan da gazeta. Mas uma das últimas abordagens permitiu validar a minha explicação para as diferentes tiragens.
Disse o senhor, com aquele ritmo paciente de reformado, cabelo cinza alcatroado com brilhantina, dedos amarelecidos a escorar uma beata 'no casco':
- Não tem aí o correio da manhã, não?... É o meu preferido... Os outros trazem muito paleio, este traz é coscuvilhices, dá para animar.
Circulação 3º bimestre 2013, média por edição (dados APCT)
CM - 114.750
DN - 24.833
Expresso- 93.519
I - 5.514
JN - 70.005
Público - 29.074
Sábado - 64.014
Sol - 25.193
Visão - 85.023
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