À espreita está a debutante Le Pen, cujo voto em branco foi premeditado, para apear agora a direita tradicional e esfrangalhá-la em Julho, podendo passar a 1ª força política.
O problema de Hollande, e de quem nele votou, é que as suas promessas (reforma aos 60, mais 150.000 empregos na educação, fim das off-shore, menos austeridade), esbarram na realidade - como disse o outro, não é a direita que está contra, é a matemática. Também em Espanha e Portugal a oposição ganhou dizendo que o Estado estava a matar a economia, para depois continuar a esfolá-la.
Mas pode ser que corra bem.
Acontece que, por enquanto, são os mercados a determinar os juros sobre o dinheiro que se dispõem a emprestar, e eles querem duas coisas: o respeito pelos acordos feitos e estabilidade/previsibilidade política. O que não se vislumbra.
Pode ser que corra mal.
Pormenor, em França (na 1ª volta) e na Grécia, um partido da direita radical e outro da extrema-esquerda (uma pequena provocação) tiveram juntos 30% dos votos - no segundo caso, ainda acresce igual votação noutros partidos extremistas.
É bom que os 'moderados' prestem atenção aos cidadãos e dêem respostas ao seu descontentamento, antes que seja tarde.
É que eu até sou a favor da diversidade nos parlamentos, incluindo partidos radicais, mas em doses homeopáticas...
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