NO FUNDO, BEM NO FUNDO, EU NÃO ME ATREVO A CENSURÁ-LOS. ELES SÃO APENAS FILHOS LEGÍTIMOS DE UM REGIME QUE PREMEIA O MEDO E O SILÊNCIO. EU É QUE SOU O FILHO BASTARDO.
fala de Henrique Galvão sobre os oficiais da tripulação do paquete, que não se juntaram à causa,
no filme Assalto ao Santa Maria de Francisco Manso
Morreu no sábado o 'querido' líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il.
Não é estranho que a notícia tenha sido divulgada apenas 2 dias depois, no regime mais silencioso do mundo, fazendo parecer a Birmânia uma ditadura escancarada.
Também não é estranho um regime comunista estar assente no culto de personalidade (apesar de se auto-rotular de colectivista...) e ser dinástico e hereditário: o poder passou do pai Kim Il-sung para ele e agora para o filho mais novo (o mais velho é estróina e o do meio 'efeminado'), Kim Jong-un.
Não é inesperado haver um regime comunista com armas (nucleares) e sem arroz.
Não é surpresa que o PCP mande condolências ao país 'irmão', pela morte do ditador.
Não espanta que o grande pesar de muitos norte-coreanos seja sincero, e que as lágrimas pelo opressor sejam genuínas - há qualquer coisa de síndroma de Estocolmo.
Agora o que cheira a mofo e a farsa é o choro colectivo, histérico e ininterrupto dos dirigentes, à frente das câmaras. Faz lembrar o final dos discursos nos congressos do PCUS: minutos e minutos de palmas sincopadas, que nenhum dos presentes ousava interromper, não fosse ser mal interpretado... e tivesse guia de marcha para um lugar sombrio.
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