...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

domingo, 27 de novembro de 2011

AUGUSTE RODIN, O IMITADOR DE SI PRÓPRIO

Sem pensar, imaginem uma ferramenta e uma cor.
Quase invariavelmente, a resposta é martelo e vermelho.
Se fizermos o mesmo jogo com a palavra 'escultura', o grande vencedor deve ser O Pensador de Rodin.

Mas Auguste Rodin (1840-1917) fez muito mais, quase 200 esculturas. Com percalços: foi 3 vezes recusada a sua entrada na Academia das Belas Artes, a primeira peça não foi aceite no Salão de Paris porque parecia inacabada (O homem do nariz quebrado), ou a rejeição do busto de Victor Hugo, porque tinha o torso nu, o que o obrigou a novas versões, entre 1886 e 1909.
O impressionista Rodin nunca perdeu o hábito de fazer réplicas ou versões da mesma obra (houve ainda cópias póstumas) e de dar-lhes o ar de inacabadas - como O Prisioneiro que Michelangelo nunca terminou, escultor de quem ficou fã na sua viagem a itália em 1875.
Por azar (ou destino), a sua obra maior ocupou-lhe parte dos últimos 37 anos de vida e ficou mesmo inacabada: a encomenda da entrada do Museu de Artes Decorativas, museu que nunca chegou a existir.
Com 6x4m2 e 180 figuras, As Portas do Inferno foram inspiradas na Porta do Paraíso do baptistério de Florença e tinham como tema inicial a Divina Comédia de Dante - mas, depois de conhecer em Londres as interpretações da obra do italiano por pré-rafaelitas e William Blake, Rodin virou a agulha e resolveu criar "um universo de formas atormentadas pelas paixões humanas e a morte".
Desta obra 'desovaram' várias peças que ganharam independência, como O Pensador (originalmente chamado de Poeta, era o próprio Dante sentado às portas do inferno), O Beijo ou O Filho Pródigo.

 O homem com o nariz quebrado (1864)
A idade do bronze (1876)
S. João Baptista pregando (1878)
foi o 'boost' da carreira de Rodin
 A jovem mãe (1885)
 Eva
 O homem que caminha
 Os burgueses de Calais (1884-86), homenagem aos cidadãos que, em 1347,
se ofereceram ao inglês Eduardo III, para este levantar o cerco da cidade 
 Danaide (1885)
 Iris, a mensageira dos Deuses
 Victor Hugo (1885)
 Busto de Victor Hugo
 Pensamento ou Ideia (Thought, 1886)
O beijo (1886). Louvre
O ídolo eterno (1889)
O filho pródigo (1889). Museu Rodin
 Balzac (1891-98). Paris
 As três sombras (1902-04)
 As portas do inferno (1880-1917)
 O pensador (1980). Museu Rodin

6 comentários:

  1. Muito bela página!
    Momentos prazerosos olhando as fotos das
    esculturas do grande Auguste Rodin.
    Parabéns pelo seu blog.


    Um grande abraço.

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  2. Bom Dia, Paz e Luz nos corações....
    Realmente: Parabéns por tanta beleza feita pelo blog e as escultura feita pelo irmão Auguste Rodin, que nesta encarnação veio na condição de ESCULTOR, um previlégio de Deus. Deus nos abênçoe.

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  3. Maravilhoso, o que a obra de um Homem como Rodin pode despertar nos humanos - paixão e admiração.

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