Nesse dia, foi batido o record de transação duma obra com o autor vivo. O pintor era Lucian Freud (Berlim 1922-Londres 2011), e morreu no dia 20 de Julho.
O neto do criador da psicanálise iniciou a sua carreira inspirado pelos surrealistas (em particular Magritte), mas na década de 50 aterrou no figurinismo e começou a pintar pessoas, principalmente nus. A maioria dos modelos eram amigos, conhecidos e familiares. A quem se insurgiu com as telas das filhas nuas, respondeu "o modelo e eu estamos interessados em fazer pintura, não amor".
E na prole, havia muita escolha: se o número 12 é seguro, li algures que poderá ter gerado 40 filhos, prometendo assumi-los quando chegassem à maioridade.
Um dos quadros mais polémicos nem foi um nu, mas o retrato da rainha Isabel, que súbditos mais escandalizados disseram que parecia um travesti. Está nas colecções reais, provavelmente atrás dum régio reposteiro.
Na maioria dos casos são telas bastante empastadas, consta mesmo que Freud usava as telas para limpar os pincéis.
Um dos quadros dele (Naked girl with egg, tendo como modelo uma amante) pode ser visto agora na sede portuense da Fundação EDP, numa exposição intitulada "My choice" - com as 87 obras mais "prazeirosas" que Paula Rego (que tem evidentes traços em comum com Freud) encontrou no acervo do British Council. Até 23 de Outubro.
Benefit's supervisor sleeping (1995)
Naked man - back view (1992)
Naked man on bed (1989)
Evening in the studio (1993)
Naked girl with egg (1980/81)
Dormeurs
Reflection (self portrait 1985)
Painter working, Reflection (1993)
Elizabeth II (2000/01)
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