...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

segunda-feira, 27 de junho de 2011

TÁ UMA MENINA


A minha boneca acabou a primária há dias, e agora vai para o ciclo.
Podia escrever que o tempo passou numa penada, "que me lembro dela assim", afastando as mãos dois palmos. E não faltava à verdade.
Mas também podia escrever o contrário, passaram muitas coisas, muitas "viroses", muitos aniversários, muitas viagens, muitas T-shirts. A primeira sopa (começamos mal), a primeira palavra, o primeiro dente (vieram mais 27 de leite e uns 8 definitivos, sendo que metade de dois deles ficaram num poste que "veio contra ela"), o primeiro passo, a última fralda, a bicicleta sem rodas, a junção das letras, os patins, o karaté, o futebol, o cavalo, a natação, o ténis, a escola. Etcaetera.
Lembramo-nos mais facilmente da história do filho mais velho, por 2 razões: a história dos outros é sempre partilhada, e as suas primeiras coisas acontecem pela pela segunda vez.
Bem, não interessa para aqui o inventário. Acontece que a miúda teve direito a um canudo e uma cartola, por acabar a primária. E já vai na segunda, teve outra cartola quando "acabou" a creche - já me ultrapassou, e não fica por aqui: por este andar, e se tudo correr bem, ainda recebe uma cartola por acabar o ciclo, outra pelo secundário e mais duas na faculdade bolonhesa, pela licenciatura e pelo mestrado. Uma chapelada.
Muito precoce? Estamos a falar duma criança de 10 anos, prester a receber o seu primeiro telemóvel (não vá ficar incontactável na escola do outro lado da rua...), que nunca passou uma rua sem vigilância parental.

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