...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

terça-feira, 26 de abril de 2011

V DE VITÓRIA



A história dos dois dedos esticados em V, que se usa nos comícios e nas vitórias da política, é curiosa.
Fazem ideia?

Voltemos vários séculos atrás, até aos tempos de Joana d'Arc, aquela alucinada moça da Guerra dos 100 anos (1337-1453).
Havia séculos que os reis ingleses eram donos de parte da França e prestavam vassalagem aos mais poderosos reis franceses, mas eram insurrectos. A Batalha de Agincourt (1415) é uma das mais conhecidas - pelo menos pelos ingleses, que a venceram, contra um exército muito maior... e cheio de soberba, tipo com-o-rei-na-barriga. Aí mataram ou capturaram meia corte de França, foi uma espécie de alcácer-quibir.
O trunfo ilhéu foi a sua ala de arqueiros, que venceu pelas primeiras vezes a cavalaria-pesada gaulesa, e pesada à conta de dezenas de quilos das armaduras de cavaleiros e corcéis (a talhe de foice, a táctica do quadrado de Álvares Pereira já tinha sido então experimentada).

Porquê o intróito? Data dessas batalhas o V de vitória, quando os arqueiros, para picar os adversários, mostravam de longe os dois dedos esticados, usados no arco para atirar as setas longas:
- Olha, ainda tenho os dedos, toma-toma!
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