...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

quarta-feira, 30 de março de 2011

NOTAS DE PRÉ-PRÉ-CAMPANHA


PS: altamente profissional a passar uma mensagem, depois de ter esticado a corda (com um pec prometido em Bruxelas sem informação ao parlamento ou ao PR), de forma a provocar eleições - o que conseguiu.
Slogans ad nauseam: “Estávamos a defender Portugal e a oposição destruiu o esforço para não recorrermos ao FEEF”, quando a ajuda estava iminente, perante o repetido falhanço e a maquilhagem do controlo do défice, como o “esquecimento” do buraco do BPN, que uns bisbilhoteiros da UE descobriram; “O PSD é um papão que irá destruir o Estado Social”, como se o PS não tivesse cortado nos apoios sociais, salários, comparticipações em medicamentos, aumentado to-dos os impostos, taxas judiciais, taxas moderadoras, portagens... e acordasse agora diminuir as indemnizações por despedimento.

PSD: trapalhão, ingenuamente sincero e cacofónico. Há demasiada gente a falar, a dar ideias descoordenadas para arrecadar receitas (vender a CGD, que dá gordos dividendos anuais, para quê? Daaa!). A mensagem que passou foi o aumento de IVA (ninguém disse isso, mas que tal era preferível a congelar pensões de sobrevivência de 240€). Não aprenderam que falar verdade não compensa?

O primeiro arrisca-se a ganhar e o segundo habilita-se a perder: a cabeça do povo exige a verdade (não a promessa de êxito da consolidação orçamental na véspera de cada machadada e/ou de cada buraco nas contas), o coração foge a más notícias. E quem pode prometer algo nesta altura? Ninguém. Só, como prometeu Churchill na 2ª G.M., sangue, suor e lágrimas.

Passos tem uma vantagem: não está provado o que ele vale, mas está provado à saciedade que o PS falhou, o que lhe confere um tantinho mais de credibilidade. Mesmo que a sua receita não seja muito distinta. Mas parece que a maioria não quer o PSD com maioria absoluta: é como a brigada de trânsito, devem andar sempre 2 agentes juntos, assim vigiam-se.

Nas extremas, o CDS faz (como sempre) uma prova de vida, tentando sedimentar os 2 dígitos, e volta o slogan "o CDS tem que ficar à frente da esquerda radical", numa espécie de 2ª divisão - o que também dá prémio!
Já o PCP e o BE têm um dilema bem posto por Daniel Oliveira: ou tentar um entendimento mínimo com o PS, com cedências mútuas, ou limitar-se a crescer "à custa da desgraça das pessoas" (eixo do mal 26.03.11).

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