Quando o poeta António Nobre foi ao consulado de Paris e se confrontou com o preço duma certidão, o cônsul Eça de Queirós (sim, o que inventou o Conselheiro Acácio) referiu-se assim ao Estado que representava “Este Estado é um ladrão! Vamos a ver se posso torcer-lhe o artigo (da lei), aplicando-lhe outro mais em conta”.
Por essa altura, em 1892, o ministro da Fazenda Oliveira Martins agravou impostos, cortou admissões na FP e reduziu os salários dos funcionários (até 20%), sem protestos. Dixit “Isto nem forças tem para se sublevar. O cáustico dos impostos e deduções quase que foi recebido com bênçãos. Somos um povo excelente cujo fundo é a fraqueza bondosa e uma grande passividade.”
2 pequenas histórias sobre Portugal. A mesma opinião sobre o Estado, ao mesmo tempo que lhe "damos a volta". A mesma apatia com que apertamos o cinto.
Tudo muda para tudo ficar na mesma, não é?
Sem comentários:
Enviar um comentário