A minha filha diz que vai casar com o Zézinho. Acho que baralhei aquela cabecinha, mas expliquei-lhe que não, isso não deverá acontecer, o mais provável é casar com alguém que ainda não conhece.
O mesmo se passa com a profissão que as crianças querem ter quando forem grandes. Há a hipótese aventura-barra-salvar-o-mundo, tipo bombeiro, polícia ou médico; é a versão Mafaldinha. Depois há as profissões amorosas, como professora ou veterinário, escolhas da Susaninha. Por fim, para miúdos mais espertinhos e que guardam a semanada, “ser rico”, a opção dos Manelinhos.
O mesmo se passa com a profissão que as crianças querem ter quando forem grandes. Há a hipótese aventura-barra-salvar-o-mundo, tipo bombeiro, polícia ou médico; é a versão Mafaldinha. Depois há as profissões amorosas, como professora ou veterinário, escolhas da Susaninha. Por fim, para miúdos mais espertinhos e que guardam a semanada, “ser rico”, a opção dos Manelinhos.
Certo é que crescemos e raramente vimos a ser o que sonhámos – como o Ronaldo, que satisfaria a turma do Quino, pago para jogar à bola e rico o bastante para salvar uma parte simpática do mundo.
E, nessa altura, escapavam-nos duas variáveis: o dinheiro e o chefe.
Primeiro, o que ganha o bombeiro, o professor ou o polícia chega apenas para, como se diz no Cartaxo, “arremediar”.
Depois, algum de vós, quando queria ser alguma coisa, introduzia um chefe na equação? Não, não havia nenhum comandante bêbado e irascível, nenhum director que lá chegou por herança ou pelo conhecimento certo, nenhum chefe frustrado e medíocre que nos paga mal e chateia a moleirinha.
Eu cá gostava de ter a profissão dum rapaz que revejo no Verão em Milfontes, senior consultant: pago para botar opinião, era mesmo isso que eu queria… ou então, mi-nis-tro ple-ni-po-ten-ciá-ri-o de 1ª classe – só de escrever, sabe bem. Mas, de acordo com o Diário da República, parece crucial ter um nome comprido e pomposo, tipo Duarte Blábláblá Palmela d’Albuquerque. Eu tenho o Duarte, mas é apelido.
E, nessa altura, escapavam-nos duas variáveis: o dinheiro e o chefe.
Primeiro, o que ganha o bombeiro, o professor ou o polícia chega apenas para, como se diz no Cartaxo, “arremediar”.
Depois, algum de vós, quando queria ser alguma coisa, introduzia um chefe na equação? Não, não havia nenhum comandante bêbado e irascível, nenhum director que lá chegou por herança ou pelo conhecimento certo, nenhum chefe frustrado e medíocre que nos paga mal e chateia a moleirinha.
Eu cá gostava de ter a profissão dum rapaz que revejo no Verão em Milfontes, senior consultant: pago para botar opinião, era mesmo isso que eu queria… ou então, mi-nis-tro ple-ni-po-ten-ciá-ri-o de 1ª classe – só de escrever, sabe bem. Mas, de acordo com o Diário da República, parece crucial ter um nome comprido e pomposo, tipo Duarte Blábláblá Palmela d’Albuquerque. Eu tenho o Duarte, mas é apelido.