quinta-feira, 10 de abril de 2014

CICLI$MO

 
                                                1973. Regime em agonia, 1ª crise do petróleo, recessão
                                                1983. Pré-bancarrota, 2ª estada do FMI
                                                1993. Cavaquismo em refluxo, 1ª recessão já na CEE
                                                2003. País oficialmente de tanga
                                                2013. Portugal ligado à máquina, vigilância externa

O intervalo é pequeno para revelar os ciclos de Kondratiev (ondas longas de recessão e prosperidade económicas, de 50-60 anos) e não se vislumbra um ciclo intermédio de Kusnetz (15-25 anos), mas a repetição parece cumprir a duração decenal (8-11 anos) dos ciclos curtos de Juglar.
As teorias dos ciclos são empíricas, não comportam interrupções e choques externos, e a sua duração constante é infirmada pela história (para os mais cépticos, um ciclo económico é uma série única de acontecimentos, com uma explicação única). Mas que há ciclos, e que cada crescimento é seguido por uma retracção, é tão certo como a morte e os impostos. 
Eu sou como Jesus e não percebo de economia (alerta, overdose de clichés!), mas acho o nosso ritmo, com ups envergonhados e downs cavados, bastante arreliador.

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