"Para certos republicanos a República tem sido um pé de cabra com que vêem aumentando os seus haveres." Senador João de Freitas, histórico republicano, in Boletim parlamentar do Senado, 11-06-1913
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sexta-feira, 21 de junho de 2013
sábado, 15 de junho de 2013
SUPERVISÃO PARENTAL
Londres, 8.10.1940 (Associated Press) |
sábado, 8 de junho de 2013
SEM PLANO B
Um Passos Coelho 'orgulhoso' com o seu trabalho diz ao Expresso que, se voltasse atrás, não mudava 'nada de substancial'. Sigamos o cherne, parte II.
O PM é mais papista que o papa, pois até Vitor Gaspar já viu que as coisas não estão a correr como o previsto (4% de recessão, mais 100 mil desempregados em 3 meses, dívida pública de de 210.000 milhões, exportações estagnadas, investimento gripado - por causa do mau tempo, disse -, remorsos do fmi).
Ontem, o ministro mudou de agulha, reconhecendo que 'apresentar um lista de erros seria demasiado demorado' (avançou um, ter pensado que 'poderia dar prioridade à consolidação orçamental e à estabilização financeira sem uma transformação estrutural profunda das administrações públicas'). Momentos antes, no hemiciclo, afirmara 'tenho amplo material para aprender com os meus próprios erros'.
A humildade, mesmo que tardia, é de elogiar, mas a gente ficava mesmo penhorada era com um plano B. Parece que é pedir demais: ainda agora foi aprovado um orçamento rectificativo que, nas palavras de Adão e Silva, 'em lugar de rectificar, ratifica as soluções que já falharam'.
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sexta-feira, 7 de junho de 2013
REGIMEN DELENDA EST
'O actual regime é o mais infame, mais vergonhoso e mais generalizadamente odioso de todos, aos olhos de todas as espécies e classes e idades de homens [...]
Estes políticos até conseguiram ensinar os homens mais calmos a vaiar.'
Cícero, sobre César
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Cícero, sobre César
ANNIE LEIBOVITZ
E o prémio Príncipe das Asturias de comunicação e humanidades, ano 2013, vai para... Annie Leibovitz. Tinha como concorrentes a agência Magnum e a jornalista Christiane Amanpour, e leva uma estatueta de Juan Miró para casa, onde já deve estar outra igual ganha pela sua falecida companheira, a escritora Susan Sontag.
O dinheiro, €50000, também devem dar jeito, pois Leibovitz ainda recupera (a passos largos, pois cobra bastante) duma quase falência ocorrida há 4 anos - devia 24 milhões de dólares e teve que recorrer a um fundo de investimentos (agora seu gestor de activos) para salvar os direitos sobre 100000 fotografias e mais de 1 milhão de negativos.
Considerada 'a maior fotógrafa viva da actualidade' (uma redundância, e talvez exagero), Leibovitz tem no seu portfolio várias fotografias icónicas, como o nu duma Demi Moore gestante, ou a dupla Ono e Lennon (5 horas antes deste ser assassinado).
Leibovitz entrou em 1970 para a estreante Rolling Stone, chegando a fotógrafa-chefe 3 anos depois: aí integrou uma longa tour dos Rolling Stones (1975) - onde fotografou Keith Richards quase sempre deitado, porque era assim que ele passava o tempo, a curtir as tripes - e fez coisas mais sérias, como a cobertura da guerra do Líbano.
Em 1983, mudou-se então para a Vanity Fair, colaborando também com a Vogue. E a 'retratista' cumpriu o pretendido, fotografias bonitas de gente bonita.
Nixon abandona Casa Branca, 9.8.1974 |
Rolling Stones, 1975 |
Arnold Schwarzenegger, 1976 |
Andy Warhol, 1976 |
Yoko Ono e John Lennon, 8.12.1980, 5 horas antes do seu assassinato (Rolling Stone) |
Clint Eastwood, 1980 |
Meryl Streep, 1981 (Rolling Stone) |
Bruce Sprinsgteen, 1984 (capa de Born in the USA) |
Whoopi Goldberg, 1984 |
Arnold Schwarzenegger, 1988 (Vanity Fair) |
Mikhail Baryshnikov, 1990 |
John Cleese, 1990 |
Demi Moore, 1991 (Vanity Fair) |
Demi Moore, 1992 (Vanity Fair) |
Johnny Depp, 1994 (Vogue) |
Leonardo Dicaprio, 1997 |
Hollywood, 2001 |
Angelina Jolie, 2002 (Vogue) |
Angelina Jolie, 2005 |
Angelina Jolie, 2006 (Vanity Fair) |
Scarlett Jonhansson e Keira Knightley, 2006 (Vanity Fair) |
Scarlett Johansson, 2005 (Vanity Fair) |
Anne Hathaway, 2007 (campanha Gap Do The Red Thing) |
Família Obama, 2006 (Vanity Fair) |
Mikhail Gorbatchev, Louis Vuitton 2007 |
Keith Richards, Louis Vuitton 2007 |
Elizabeth II, 2007 |
Elizabeth II, 2007 |
Cristiano Ronaldo, 2010 (Vanity Fair) |
quarta-feira, 5 de junho de 2013
SENA DA SILVA
António Sena da Silva (1926-2001) foi muitas coisas, empresário, tradutor, publicitário, designer, arquitecto e professor, entre outras coisas. E fotógrafo. Diz quem sabe que inspirado na fotografia francesa de Cartier-Bresson e, principalmente (porque mais encenada) de Robert Doisneau. A propósito disso, existe por aí uma querela sobre a opção do comissário da exposição de apresentar impressões integrais dos negativos, em vez dos enquadramentos escolhidos, à época, pelo autor - e tão diferentes ficam.
Podem agora ser vistos cerca de 200 fotografias, seleccionadas durante 2 anos, a partir de 20000 negativos e diapositivos que Sena da Silva deixou.
Na Cordoaria Nacional, até 4 de Agosto.
António Sena da Silva, c. 1960 |
António Sena da Silva, 1956 |
António Sena da Silva, 1956-57 |
António Sena da Silva, 1956-57 |
António Sena da Silva, 1956-57 |
António Sena da Silva, 1958 |
António Sena da Silva, 1960s |
António Sena da Silva, 1970s |
António Sena da Silva, 1970s |
sábado, 1 de junho de 2013
PANTEÕES RÉGIOS *
Sé de Braga
Henrique de Borgonha (1066 - Astorga 1112)
Teresa de Leão (1080 - Montederramo 1130)
Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra
1 Afonso Henriques, o conquistador (Guimarães, Coimbra ou Viseu 1109 - Coimbra 1185)
2 Sancho I, o povoador (Coimbra 1154 - Coimbra 1211)
Mosteiro de Alcobaça
3 Afonso II, o gordo (Coimbra 1185 - Santarém 1223)
5 Afonso III, o bolonhês (Coimbra 1210 - Coimbra 1279)
8 Pedro, o justo (Coimbra 1320 - Estremoz 1367)
Catedral de Toledo
4 Sancho II, o capelo (Coimbra 1209 - Toledo 1248)
Mosteiro de Odivelas
6 Dinis, o lavrador (Lisboa? 1261 - Santarém 1325)
Sé de Lisboa
7 Afonso IV, o bravo (Coimbra 1291 - Lisboa 1357)
Convento do Carmo, lisboa
9 Fernando, o formoso (Coimbra ou Lisboa 1345 - Lisboa 1383)**
Mosteiro da Batalha
10 João I, o de boa memória (Lisboa 1357 - Lisboa 1433)
11 Duarte, o eloquente (Viseu 1391 - Tomar 1438)
12 Afonso V, o africano (Sintra 1432 - Sintra 1481)
13 João II, o príncipe perfeito (Lisboa 1455 - Alvor 1495)
Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa
14 Manuel I, o venturoso (Alcochete 1469 - Lisboa 1521)
15 João III, o colonizador (Lisboa 1502 - Lisboa 1557)
16 Sebastião, o desejado (Lisboa 1554 - Alcácer-Quibir 1578) (?)
17 Henrique, o casto (Lisboa 1512 - Almeirim 1580)
Mosteiro do Escorial, Madrid
18 Filipe I (Valladolid 1527 - El Escorial, 1598)
19 Filipe II (Madrid 1578 - Madrid 1621)
20 Filipe III (Valladolid 1605 - Madrid 1665)
Mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa
21 João IV, o restaurador (Vila Viçosa 1604 - Sintra 1656)
22 Afonso VI, o vitorioso (Lisboa 1643 - Sintra 1683)
23 Pedro II, o pacífico (Lisboa 1648 - Alcântara 1706)
24 João V, o magnânimo (Lisboa 1689 - Lisboa 1750)
25 José, o reformador (Lisboa 1714 - Lisboa 1777)
cs. Pedro III (Lisboa 1717 - Queluz 1786)
27 João VI, o clemente (Lisboa 1767 - Lisboa 1826)
29 Miguel, o absolutista (Queluz 1802 - Grão-ducado de Baden, 1866)
30 Maria II, a educadora (Rio de Janeiro 1819 - Lisboa 1853)
31 Pedro V, o esperançoso (Lisboa 1837 - Lisboa 1861)
32 Luís, o popular (Lisboa 1838 - Cascais 1889)
33 Carlos, o diplomata (Lisboa 1863 - Lisboa 1908)
34 Manuel II, o desventurado (Lisboa 1889 - Twickenham 1932)
Basílica da Estrela, Lisboa
26 Maria I, a piedosa (Lisboa 1734 - Rio de Janeiro 1816)
Capela Imperial, S. Paulo
28 Pedro IV, o libertador (Queluz 1798 - Queluz 1834)
* O título panteão nacional foi atribuído apenas ao mosteiro de Santa Cruz (em 2003), e à igreja de Santa Engrácia (em 1916), onde estão enterrados 4 escritores, 1 fadista, 4 PR e 1 candidato a PR.
** Por decisão própria, Fernando foi enterrado no convento de S. Francisco, em Santarém, para onde já levara as ossadas da mãe, Constança Manuel; foi a ruína do convento que levou à sua transladação... para outras ruínas.
Henrique de Borgonha (1066 - Astorga 1112)
Teresa de Leão (1080 - Montederramo 1130)
Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra
1 Afonso Henriques, o conquistador (Guimarães, Coimbra ou Viseu 1109 - Coimbra 1185)
2 Sancho I, o povoador (Coimbra 1154 - Coimbra 1211)
Mosteiro de Alcobaça
3 Afonso II, o gordo (Coimbra 1185 - Santarém 1223)
5 Afonso III, o bolonhês (Coimbra 1210 - Coimbra 1279)
8 Pedro, o justo (Coimbra 1320 - Estremoz 1367)
Catedral de Toledo
4 Sancho II, o capelo (Coimbra 1209 - Toledo 1248)
Mosteiro de Odivelas
6 Dinis, o lavrador (Lisboa? 1261 - Santarém 1325)
Sé de Lisboa
7 Afonso IV, o bravo (Coimbra 1291 - Lisboa 1357)
Convento do Carmo, lisboa
9 Fernando, o formoso (Coimbra ou Lisboa 1345 - Lisboa 1383)**
Mosteiro da Batalha
10 João I, o de boa memória (Lisboa 1357 - Lisboa 1433)
11 Duarte, o eloquente (Viseu 1391 - Tomar 1438)
12 Afonso V, o africano (Sintra 1432 - Sintra 1481)
13 João II, o príncipe perfeito (Lisboa 1455 - Alvor 1495)
Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa
14 Manuel I, o venturoso (Alcochete 1469 - Lisboa 1521)
15 João III, o colonizador (Lisboa 1502 - Lisboa 1557)
16 Sebastião, o desejado (Lisboa 1554 - Alcácer-Quibir 1578) (?)
17 Henrique, o casto (Lisboa 1512 - Almeirim 1580)
Mosteiro do Escorial, Madrid
18 Filipe I (Valladolid 1527 - El Escorial, 1598)
19 Filipe II (Madrid 1578 - Madrid 1621)
20 Filipe III (Valladolid 1605 - Madrid 1665)
Mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa
21 João IV, o restaurador (Vila Viçosa 1604 - Sintra 1656)
22 Afonso VI, o vitorioso (Lisboa 1643 - Sintra 1683)
23 Pedro II, o pacífico (Lisboa 1648 - Alcântara 1706)
24 João V, o magnânimo (Lisboa 1689 - Lisboa 1750)
25 José, o reformador (Lisboa 1714 - Lisboa 1777)
cs. Pedro III (Lisboa 1717 - Queluz 1786)
27 João VI, o clemente (Lisboa 1767 - Lisboa 1826)
29 Miguel, o absolutista (Queluz 1802 - Grão-ducado de Baden, 1866)
30 Maria II, a educadora (Rio de Janeiro 1819 - Lisboa 1853)
31 Pedro V, o esperançoso (Lisboa 1837 - Lisboa 1861)
32 Luís, o popular (Lisboa 1838 - Cascais 1889)
33 Carlos, o diplomata (Lisboa 1863 - Lisboa 1908)
34 Manuel II, o desventurado (Lisboa 1889 - Twickenham 1932)
Basílica da Estrela, Lisboa
26 Maria I, a piedosa (Lisboa 1734 - Rio de Janeiro 1816)
Capela Imperial, S. Paulo
28 Pedro IV, o libertador (Queluz 1798 - Queluz 1834)
* O título panteão nacional foi atribuído apenas ao mosteiro de Santa Cruz (em 2003), e à igreja de Santa Engrácia (em 1916), onde estão enterrados 4 escritores, 1 fadista, 4 PR e 1 candidato a PR.
** Por decisão própria, Fernando foi enterrado no convento de S. Francisco, em Santarém, para onde já levara as ossadas da mãe, Constança Manuel; foi a ruína do convento que levou à sua transladação... para outras ruínas.
Mesmo quem não conheça nada da história da Portugal, o roteiro das 'últimas moradas' diz muito: a variedade duma 1ª dinastia em conquista territorial; a dinastia de Avis dividida em duas partes, uma virada para a independência e outra para as descobertas - e a clivagem passa por uma sucessão entre primos; a constância dos Braganças (precedida em Vila Viçosa, enquanto duques).
Até as excepções são elucidativas: um Sancho II exilado pelo irmão e um Pedro IV que quis ser brasileiro.
Ao rigor 'pedagógico' só escapam Afonso VI, encarcerado em Sintra e a quem o irmão tomou o trono e a mulher, e Miguel, que perdeu a guerra civil, vindo a morrer na Alemanha.
Ao rigor 'pedagógico' só escapam Afonso VI, encarcerado em Sintra e a quem o irmão tomou o trono e a mulher, e Miguel, que perdeu a guerra civil, vindo a morrer na Alemanha.
Mosteiro de Santa Cruz |
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Mosteiro de Odivelas |
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Covento do Carmo |
Mosteiro da Batalha |
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Mosteiro de São Vicente de Fora |
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