quinta-feira, 17 de maio de 2012

VAMOS NESSA, VANESSA?


As sondagens dão 35% ao Syrisa, pelo que a Grécia habilita-se a ser governada pela esquerda radical. Anda para aí muito cidadão a rejubilar com essa hipótese.
Facto: foi a incompetência e a fraude estatística do Pasok e da ND que atiraram os gregos para o buraco, essa solução parece esgotada.
Facto: o Syrisa nunca governou, pelo que tem as mãos limpas, e propõe uma alternativa de ruptura à agonizante situação actual - é uma hipótese.
Facto: o Syrisa quer aliviar a austeridade (e bem), começando por rasgar o plano que o país assinou com a troika.
Até aqui tudo bem. Mas há o risco da Grécia acabar por sair do euro (moeda que 80% dos gregos quer manter), provocando uma fuga de capitais, uma desvalorização mortal do novo dracma... e a bancarrota. Além disso, a Grécia precisa de dinheiro, que não tem, e ninguém empresta a alguém que já teve um perdão de metade da dívida e que não dá garantias de cumprir o acordado.

Ainda assim, porque não experimentar? Nunca a expressão 'pago para ver' se aplicou tão bem, é que se correr mal (forte probabilidade), pagam os gregos e nós também.
Não havia problema se, comprovando que não funcionava, os gregos pudessem carregar no botão rewind e voltar atrás. Também o 505 forte é uma alternativa para um homem desesperado, mas se depois não houver céu, já não dá para retroceder.  

1 comentário:

  1. Notícia de hoje: o líder do Syrisa avisa os outros países da UE que 'se cortarem o nosso financiamento, então seremos forçados a parar o pagamento aos nossos credores'. para variar, chantagem do devedor...

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