terça-feira, 26 de outubro de 2010

VENHAM MAIS CINCO DUMA ASSENTADA




É hoje que o Sô Silva (como lhe chamou o apoiante-crítico-novamente-apoiante Alberto João Jardim) nos vai dar a graça de se oferecer para comandar o país até 2016. Com anúncio prévio do jogral Marcelo.
O forum TSF de hoje foi sobre a sua recandidatura. Entre muitas barbaridades e sonhos - como o duma senhora que, talvez por não ter tomado os medicamentos, acha que o Alegre vai ganhar, porque conquista votos da esquerda à direita, até dos monárquicos (é o lado marialva do poeta) -, um participante lembrou que foi com o Cavaco que foram desperdiçados milhões em jipes, sem qualquer controlo, ficando o país sem agricultura.
Sobre isso, e sobre o facto de Portugal ter crescido só 6% nos últimos 10 anos e ficar, no ranking do crescimento, em 178º lugar entre 180 países (apenas à frente da Itália e do Haiti), presumo que o presidente-candidato-a-presidente vá ficar de boca fechada.
Ou não, talvez mostre a úvula.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

VENDE-SE NOBREZA


Comprar títulos de nobreza é um bom investimento e ainda dá um ar aristocrático a quem os adquire. A Strutt & Parker, especializada em propriedades rurais e títulos feudais, realizou o seu leilão anual de títulos e conseguiu vender 70% dos mais de 40 títulos honoríficos ingleses e irlandeses oferecidos no catálogo. Os títulos à venda, apesar de genuínos e antigos, podem transformar o dono em lorde ou barão, mas não o transformam em um verdadeiro nobre. Os chamados Lords of Manor - senhores de terras – proporcionavam prestígio, o direito de ter um castelo e de arrendar terras para garantir um rendimento. A venda do título de lorde de Wimbledon terá rendido 171.000 libras ao irmão da princesa Diana, para pagar arranjos hidráulicos na sua propriedadde em Althorp. Quem quiser ser barão de Lee pode arrematar o castelo escocês, com mobília interior, 3 casas de verão e 261 hectares.

Por cá, as coisas não são tão descaradas. O Instituto de Nobreza de Portugal está proibído de criar, mas restitui títulos (embora a república não reconheça quaisquer nobres) a troco de uma certa quantia – sendo que 70% dos títulos foi usado por uma única geração. É que a nobreza portuguesa sempre foi reduzida, rondando 30 a 50 casas, até explodir no século XIX (só 2 dos actuais ducados existiam no século anterior), com a entrega de viscondados e baronatos por dá cá aquela palha, muitos deles a ricos ex-emigrados no brasil – daí a célebre cantilena “FOGE CÃO, QUE TE FAZEM BARÃO – PARA ONDE, SE ME FAZEM CONDE?" Mas vamos lá criticar a situação, quando a entrega de títulos foi desde sempre o pagamento pelo rei de soldados ou de “empréstimos”. Ou para prover o sustento dos filhos legítimos e dos filhos naturais (sim, porque rei não tem bastardos).

Acho particular graça à snobeira de alguns “titulados” que dizem que a sua família é muito antiga. É científico, as nossas famílias são tão antigas como a deles... ou, como perguntou o outro, as famílias deles desceram da árvore há mais tempo que as outras?
Há muitos anos, no meio da picada e dos mosquitos, umas coloniais senhoras alardeavam as suas nobres origens. Resolveram então perguntar aos restantes se não tinham nenhum familiar importante. O meu avô disse que descendia do D. Fuas Roupinho, aquele que ia caindo da falésia da Nazaré, mas a ironia não foi descoberta. Já a minha "tia” Ivone (curiosamente, a única amiga da família a quem chamávamos tia) foi suave como um elefante: “na minha família ninguém dormia com os reis”. Mai' nada. O assunto deve ter saltado imediatamente para as lavadeiras, o calor, os mazagrins ou os capilés.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A OPERAÇÃO MANDIOCA



Vou há 10 anos ao mesmo barbeiro, porque é perto e rápido, o corte é secundário, como a minha mãezinha costuma reclamar. Como todos os barbeiros, há rádio local ou a Renascença e o seu jogo da mala, uma televisão com programas à goucha e conversa entre nativos do bairro sobre a vizinhança, o obituário ou a bola, pelo que posso estar com os meus botões. Quando tenho a graça de encontrar a casa vazia e alapar na cadeira, lá temos que falar sobre o que calha, seja a hipótese de eu mudar de casa, seja a filha única do barbeiro, que se mudou por amor para a Austrália, mas entretanto o amor desapareceu e não tinha bilhete de volta.
Medo, muito medo, foi o que experimentei da última vez, quando, mortalhado num megababete, vi o Sr. Francisco a dizer "eu estive na guerra em África" enquanto afagava uma lâmina e tinha um olhar perdido. Será que me calhou um amolador de facas com stress pós-traumático, e me corta a nuca como a uma rã na aula de biologia?, cogitei. Afinal, o homem não estava a divagar, mas a olhar para as "tardes da Júlia" na pequena tv pendurada no tecto.
Foi assim que fiquei a conhecer a operação mandioca.

Contou o Sr. Francisco que esteve mais de 3 anos em Angola, e nunca deu um tiro. A sua função era ser (adivinhem) barbeiro e ocasionalmente motorista.
Só foi à guerra uma vez: Spínola ordenou uma grande acção no nordeste, com a destruição das plantações de mandioca que os “turras” plantavam no mato – dando assim cabo da fonte básica da alimentação dos rebeldes. A operação mandioca.
O Sr. Francisco conduzia o 13º carro das 13 viaturas, e a 11ª passou por cima duma mina, fazendo muitos estragos. Mais à frente, houve uma emboscada e o batalhão teve que aguentar 13 intermináveis minutos de tiroteio – em sentido único, pois não se via a origem do fogo e a única bazuca existente encravou.
Perguntei ao Sr. Francisco quantos haviam morrido. Nenhum, foi a resposta, os turras não acertaram em ninguém e fugiram quando apareceu o helicanhão.
Mas o Sr. Francisco depois lembrou-se, houvera mesmo uma baixa, do gajo que nessa noite tentava perceber o que se passava com a bazuca – e ela disparou...
O resto da guerra passou-se entre pincéis, lâminas e espuma.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

OS NÚMEROS

Menos conhecida que a Fundação Champalimaud, a Fundação Francisco Manuel dos Santos dedicou-se às Ciências Sociais, sob a batuta de António Barreto. O seu trabalho mais visível é uma base de dados de acesso público, a PORDATA, que apresenta uma série de estatísticas oficiais desde 1960, e a edição duns livrinhos à venda a 3-5 euros, de modo a que qualquer um possa adquiri-los.
Já saíram 3, um sobre o ensino de português, outro sobre fiscalidade (de Saldanha Sanches) e, o primeiro, sobre 5 décadas de mudanças em Portugal. Justamente intitulado “Portugal: os números”, escalpeliza uma enormidade de dados sobre uma variedade de assuntos, resistindo à tentação de interpretá-las politicamente.
O que fiz foi condensar parte da informação em algumas tabelas. Cada uma delas daria pano para mangas, pela quantidade de informação: é caso para dizer que cada parcela vale por si. Mas o mais relevante é que se confirmam crenças e desfazem mitos.
Factos confirmados, há mais velhos, menos filhos, as famílias são mais pequenas e têm composição diversificada, casa-se menos e não é para toda a vida (número, 4 divórcios por cada 10 casamentos); houve um progresso notável na saúde, educação e cultura, no que diz respeito a acessibilidade, recursos humanos e gasto público.
O PIB aumentou muito (septuplicou desde 1980, esquecendo a inflação…), mas o crescimento é cada vez mais lento. Porém, os gastos sociais tiveram um crescimento exponencial, a um ritmo muito superior ao crescimento da riqueza nacional e atingindo valores insuportáveis de manter (número, rácio activo/pensionista cai de 5 para 1.7) – chegámos tarde ao estado social e ele está em vias de atrofiar. E cai o mito que o “centrão” desmantelou as "so called" conquistas de Abril e pretende acabar com o Estado Social.
O falhanço maior da democracia, a meu ver, foi a justiça, e os números são cruéis. Não só na justiça fiscal – 40% das empresas declaram prejuízo -, mas na justiça geral:
muito mais recursos humanos e financeiros, muito mais litigância, processos cada vez mais demorados, um sistema que não dá vazão. E sem justiça, não há nada.








quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A MEIAS


Eu e a Susana começamos a namorar há, fez ontem, 18 anos. O namoro é adulto e já pode tirar a carta. Estatisticamente, já vai sendo uma idade generosa.
Como em todos os casos, a “criança” começa a gatinhar, tudo é novidade, tudo se desculpa e há apenas 2 necessidades a preencher, alimentação e mimo. Depois aprende-se a andar, à custa de joelhos esfolados, mas sopra-se e “Já passou!”. Crescendo, há que estudar e fazer trabalhos de casa, com o tempo aprende-se a saber “encaixar”.
É uma mutação: imaginem (imaginem, porque não é o caso!), o “ai o meu amor range os dentes a fazer óó…” evolui para “não faças barulho, deixa-me dormir” e, muito mais tarde, não se diz nada, porque a audição já não é o que era.
Mais que um património físico (a meias com o BPI!!!), há muita história comum. Em tudo que o aconteceu nestes 18 anos, de bestial e de besta, porque houve de tudo, estivemos lá os dois.
Ah pois, há coisas que se aprende cedo, como “sim-pode-querer-dizer-não”, ou quando se deve “fazer de morto”, por exemplo quando a namorada tem mau acordar e qualquer palavra (uma que seja!) até chegar à faculdade, pode gerar uma confusão. Graças a deus, este é uma das coisas que a Susana melhorou com a idade.
Bem, tenho que admitir que a Susana também teve que acomodar os meus, 2 ou 3, nanomicropequenos e médios defeitos...

OPÇÕES DOS HOMENS DO LEME


2 notícias no mesmo jornal: o Estado deve 7 milhões de euros às câmaras, para pagar despesas de acção social nas escolas, e pagou desde Janeiro 6,2 milhões de euros de pensões a 300 políticos...
Depois espantem-se que o povo anda irritado... A impressão geral é que até se faz um esforço, mas se passar a haver pudor no gasto público e houver resultados. Para tudo ficar na mesma, não. E o que parece é que, mesmo com esta sucessão de apertos, o barco continua a meter água.

Mas, como a legislação é também a história das nações, veja-se o que fica para a história sobre o que prendia a atenção dos líderes de Portugal e da Europa a 12-09-2010:
1. O Governo publica a Resolução do Conselho de Ministros nº 80/2010, que "Prorroga o prazo para a apresentação das propostas no âmbito do concurso público de reprivatização do BPN - Banco Português de Negócios”, a saber, não consegue desfazer-se do banco que resolveu segurar em fase de falência fraudulenta, e vai (vamos) ficar com o prejuízo.
2. Já a Comissão europeia publica o “Regulamento (UE) n.o 905/2010 da Comissão, de 11 de Outubro de 2010, que altera o Regulamento (CE) n.o 1580/2007 no que respeita aos volumes de desencadeamento dos direitos adicionais para os pepinos, as alcachofras, as clementinas, as mandarinas e as laranjas”. O José Manuel tá ocupado é com as mandarinas.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O BASÍLIO HORTA BATEU-ME


Há dias, apareceu um deputado cartaxense na televisão. Expliquei aos miúdos, aquele senhor é irmão do marido da irmã do teu padrinho. Perguntaram-me então, e tu, já apareceste na televisão?

Fiz um rewind de 20 anos ao meu arquivo morto e respondi, na televisão não, mas apareci num jornal: um candidato a presidente da república – levando uma tareão (70.35 contra 14.16%) – foi a vila real fazer um comício no cinema e eu fui. Apareço numa fotografia em 1º plano com um autocolante na testa. O senhor candidato até me deu um estaladão, querendo dar-me uma palmadita de amizade, quando passava à saída pela massa de jovens com bandeiras.
Tão perto doutro político estive 5 anos antes, em 85, quando um desconhecido Cavaco Silva percorreu o Ribatejo numa camioneta cheia de adolescentes. Nessa altura, dizia nos palanques “NÓS vamos fazer”, mas 2 anos depois já falava na 1ª pessoa do singular, “eu fiz”. O momento em que reparei nisso, num comício em Santarém, foi o fim da nossa bela amizade…
A propósito, nessa mesma noite cruzámo-nos na caravana automóvel com um senhor que ficou literalmente eufórico quando gritámos o seu nome, pois só os mais atentos sabiam quem era um tal de Mira Amaral.

Esses são tempos irrepetíveis, quando as eleições eram uma festa: colávamos cartazes (era legal, na altura), distribuíamos autocolantes no mercado e andávamos por Lisboa de pé, em cima dos autocarros, a agitar bandeiras ou chapéus-palhinha de plástico do Freitas do Amaral, nas mais memoráveis e renhidas eleições desde 1974.
Quem diria que este senhor tinha uma síndroma vestibular e foi caindo para a esquerda, até ser ministro de Sócrates... Isso deve pegar-se nas candidaturas centristas a presidente, o Basílio também anda agora por essas bandas. Arrrhg.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

HAVIA BANDEIRAS MAIS GIRAS...

Feita a revolução, houve que encontrar 4 novos símbolos nacionais: uma moeda, um hino, uma imagem e uma bandeira.
A MOEDA escolhida para substituir o real foi o escudo, alternativa já usada em alguns reinados, sendo o último o de João VI. Oficializada a 5/11/1911, durou até 2002, quando chegou o euro. Cada escudo equivalia a 100 centavos e a 1000 réis. Quem não se lembra que o pão custava 2 "mérreis", ou que uma coisa inútil não valia uns mérreis de mel coado?
O HINO foi fácil, pegou-se na música de Alfredo Keil (inspirada n’A Marselhesa) e no poema de Henrique Lopes de Mendonça, criados 20 anos antes, aquando do ultimato inglês. Uns cortes aqui e ali, troca-se bretões por canhões e já está.
A homologação na assembleia ocorreu a 19/06/1911.

A história do BUSTO da república é a menos conhecida das 3. Não passou à história a obra vencedora do concurso lançado em 1911, da autoria de Francisco dos Santos, que apresentava uma mulher mais elegante, mais parisiense. O busto que ficou para a posteridade foi a do 2º classificado, Simões de Almeida (sobrinho) e tinha seios mais fartos. Em comum, o barrete frígio, tipicamente português… A musa foi uma alentejana de Arraiolos, chamada Ilda Pulga (1892-1993).

Falta a BANDEIRA. 10 dias após a revolução, o governo escolheu uma comissão para projectar a nova bandeira. O grupo – que incluía Columbano Bordalo Pinheiro e João Chagas - inspirou-se (natural ou descaradamente) nas bandeiras dos centros republicanos e das sociedades secretas que tinham participado na revolução, a maçonaria e a carbonária.
Eis os motivos apresentados para a escolha, no relatório então produzido: o vermelho "cor combativa e quente, é a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à vitória"; o verde "cor da esperança e do relâmpago, significa uma mudança representativa na vida do país"; a esfera armilar é o símbolo dos Descobrimentos Portugueses, a fase mais brilhante da nossa História, portanto deve aparecer na bandeira; o escudo com as quinas deve continuar na bandeira como homenagem à bravura e aos feitos dos portugueses que lutaram pela independência; a faixa com sete castelos também deve permanecer porque representa a independência nacional.
O Governo aceitou a proposta, mas fez algumas alterações, sendo a nova Bandeira Nacional aprovada a 29/11/1910 e homologada pela Assembleia Constituinte a 11/06/1911.
Mas houve mais 27 propostas, algumas delas mais bonitas (voto na 11), outras disparatadas, outras difíceis de costurar, ora mantendo o azul e branco, ora optando pelo verde-rubro, à americana, à francesa, à commonwealth, com o losango ou a bola brasileiros, estilo sul-americano, com caravelas, louros, barretes frígios e até baralhos de cartas.
A alternativa mais mediática foi a de Guerra Junqueiro, que defendia as cores originais: "A bandeira nacional é a identidade duma raça, a alma dum povo, traduzida em cor. O branco simboliza inocência, cândura unânime, pureza virgem. No azul há céu e mar, imensidade, bondade infinita, alegria simples. O fundo da alma portuguesa, visto com os olhos, é azul e branco."

Estandarte do Grande Oriente Lusitano
Bandeira da carbonária
1º projeto da comissão oficial, 29/10/1910

OS OUTROS PROJECTOS
1. Guerra Junqueiro
2. Comissão Portuense
3. José Pereira de Sampaio (Bruno)
4. António Augusto Macieira
5. Alexandre Fontes
6. Rigaud Nogueira
7. António Arroyo
8. Augusto Jorge Fernandes Casanova
9. Joaquim António Fernandes
10. Salvio Ratto11. Alfredo Pinto da Silva
12. Alvitre de Carvalho Neves
13. Delfim Guimarães e Roque Gameiro
14. Francisco Ferreira Marques
15. Albano Ferreira
16. Henrique Lopes de Mendonça
17. António M. de Sousa
18. Aníbal Rodrigues
19. A.P.S.
20. professor de ensino livre21. J. S. Ferreira
22. J.A.E.S.23. Jacinto de Rosiers24. Projecto Racional de Conciliação25. Álvaro A. da Silva Foito
26. Alvite Duarte Alves G. Leal27. Eduardo Álvaro da Silva

COM CORPINHO DE 120


Finalmente chegou o dia. 100 aninhos redondinhos, uma idade provecta.
Cá por mim, a ideia de ter um Rei não incomoda muito, há-os em muitos países, sem que daí venha mal ao mundo.
Só há uma diferença entre a monarquia e a república: cá, não há ninguém que não seja escolhido por outros. É que aqui não se herdam títulos. Uma pequenina diferença.
Um brinde! Ouçamos o hino.

domingo, 3 de outubro de 2010

TRAGAM A MARMITA

A lei proíbe o sector privado de diminuir salários de forma unilateral. Mas o Estado pode.
E pode mais, pode contratar mais de 75 auxiliares educativos e assistentes operacionais - que, veja-se, descobriu estarem em falta este ano – para as escolas, por um salário bruto de 3 euros/hora.
É fazer as contas, vezes 4 horas/dia, dá 264€/mês. E como é part-time, não há direito a subsídio de refeição. Mai’ nada.
Eta patrão bom!

sábado, 2 de outubro de 2010

PIOR QUE TÁ NÃO FICA


O PS finalmente desistiu duma lei ad hominem e retroactiva para legalizar a situação do Vice-PGR, cuja manutenção no cargo é ilegal – e logo na procuradoria-geral, exactamente onde é suposto velar pelas leis.
Questionado pela oposição sobre o facto do Senhor estar há 3 meses ilegal, respondeu Ricardo Rodrigues, vice da bancada do PS, o pilha-gravadores e membro do conselho superior de segurança interna, “Não sei, não tenho nada a ver com isso”.
Pergunta: Afinal quem tem? Onde isto chegou...

Um dia destes, ouvimos o Sr. Engenheiro Sócrates a dizer, sobre o buraco onde estamos metidos (com a sua ajuda nos últimos 5 anos), "Não sei, não tenho nada a ver com isso". Ou, repetindo o Cristiano Ronaldo, “Perguntem ao Queirós!!!

p.s.: o PM disse ontem à RTP que não haverá medidas adicionais em 2011 - como diz sempre isso na véspera de cada paulada, quem ainda acredita nele?