quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A MEIAS


Eu e a Susana começamos a namorar há, fez ontem, 18 anos. O namoro é adulto e já pode tirar a carta. Estatisticamente, já vai sendo uma idade generosa.
Como em todos os casos, a “criança” começa a gatinhar, tudo é novidade, tudo se desculpa e há apenas 2 necessidades a preencher, alimentação e mimo. Depois aprende-se a andar, à custa de joelhos esfolados, mas sopra-se e “Já passou!”. Crescendo, há que estudar e fazer trabalhos de casa, com o tempo aprende-se a saber “encaixar”.
É uma mutação: imaginem (imaginem, porque não é o caso!), o “ai o meu amor range os dentes a fazer óó…” evolui para “não faças barulho, deixa-me dormir” e, muito mais tarde, não se diz nada, porque a audição já não é o que era.
Mais que um património físico (a meias com o BPI!!!), há muita história comum. Em tudo que o aconteceu nestes 18 anos, de bestial e de besta, porque houve de tudo, estivemos lá os dois.
Ah pois, há coisas que se aprende cedo, como “sim-pode-querer-dizer-não”, ou quando se deve “fazer de morto”, por exemplo quando a namorada tem mau acordar e qualquer palavra (uma que seja!) até chegar à faculdade, pode gerar uma confusão. Graças a deus, este é uma das coisas que a Susana melhorou com a idade.
Bem, tenho que admitir que a Susana também teve que acomodar os meus, 2 ou 3, nanomicropequenos e médios defeitos...

1 comentário:

  1. Adoro as tuas crónicas..... hoje li-as e reli-as.... és um livro......

    Vós estais bem???? rsrsrs

    beijos

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