Caro Yin:
Tudo bem que areia no fisco facilita a vida aos chico-espertos. Porém, o Estado deve ver o fisco como o principal instrumento para um projecto de País.
Caso o Estado priorize a poupança, também deve usar deduções para favorecê-las. Caso o Estado ache a demografia o maior problema a longo prazo, deve ajudar a renovação geracional. Ora, TER FILHOS É UMA DESPESA (coisa que o Portas não pode discutir, porque nunca foi pai), muito à custa da saúde e educação. Se o Estado diminuir encargos, embaratece as crias (longe vai o tempo em que os filhos eram mão-de-obra) e talvez as pessoas tenham menos receio em "multiplicar-se".
Quanto à gratuitidade da saúde e educação, é ingénuo pensar que chegamos lá, sem revoluções (destruição do Estado e Ditadura Proletária, dizem os estatutos do partido de Louçã) e "amanhãs que cantam" mas nunca chegam - eu digo Graças a Deus, e tu amigo?
Portanto, a V. proposta é impopular: o que perdes num lado, não ganhas no outro. Diria o Guterres, é fazer as contas.
Mando uma música romântica.
Yang
P.S.: enquanto sócrates é a fada dos dentinhos (põe 40 contos na almofada, daqui a 18 anos), o novo PM japonês prometeu 190€ mensais por criança, até aos 14 anos. Luxo.
"Para certos republicanos a República tem sido um pé de cabra com que vêem aumentando os seus haveres." Senador João de Freitas, histórico republicano, in Boletim parlamentar do Senado, 11-06-1913
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