segunda-feira, 7 de outubro de 2013

MAO MAO MARIA



'- Citavam o Mestre. Quem quer que tentasse formular as suas próprias frases era imediatamente acusado de uso burguês da linguagem. A única exceção era «Morte aos fascistas da Associação Comunista de Marxistas-Leninistas».
- Mas eles não eram comunistas também?
- Claro que eram. Mas nada irritava mais os rebeldes do que aqueles que pensavem quase como eles. O Torbjörn Säfve, que escreveu um livro brilhante sobre o movimento dos rebeldes, chamou-lhe «insatisfação paranóica». O tipo de cartazes que as pessoas afixavam nas paredes constituía para eles uma questão importante. Se alguém tivesse um cartaz do Lenine que fosse maior do que a fotografia de Mao, isso era visto como contrarrevolucionário. Se a parte de cima de uma fotografia de Mao estivesse abaixo do nível superior de uma fotografia de Lenine ou de Marx, isso bastava para que alguém fosse acusado de falta de convicção.'
 
O trecho, do romance Lobo Vermelho (Liza Marklund), retrata os maoístas suecos, em finais de 60, mas poderia ser um polaróide do MRPP, não?
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