segunda-feira, 19 de agosto de 2013

COIMBRA EN PASSANT

Torre da Univ. de Coimbra (1728-33). Um dos seus sinos, usado no despertar e recolher
dos estudantes, tem por cognome estudantil a Cabra. Esta é a 4ª torre, pois logo em 1537 foi
requisitada a que havia em Lisboa, pois 'nã podia aver boa ordem sem relógio'. 

Via latina e Pórtico central, faculdade de Direito

Portal da Capela de S. Miguel (1517-22). A igreja foi erguida,
sobre uma capela pré-românica dedicada ao arcanjo,
a mando do Infante D. Pedro, no 2º quartel do sec. XIV.

Detalhe do portal


Interior da Capela de S. Miguel
O orgão barroco (1733), com 2000 tubos, é ainda usado em concertos



Biblioteca Joanina (1716-25), estilo Rococó.
Quadro de João V de Domenico Duprà

Prisão académica (onde existia o cárcere do paço real)
Entre 1593 e 1773, a prisão estava sob a sala dos Capelos

Escadas de Minerva (1724)

Imagem da Sapiência, no portal intermédio das escadas

Paço das escolas. Fundada em 1290, por D. Dinis, os 'Estudos Gerais' foram instalados
em Lisboa, na zona do Carmo. A Universidade foi transferida para Coimbra em 1308,
voltando a Lisboa nos anos de 1338-54 e 1377-1537. 

D. José no frontão do pórtico central via latina

Sala dos Capelos ou Sala Grande dos Actos (1639), na antiga sala do trono
do Paço Real da Alcáçova*. A galeria de retratos de todos os reis tem uma orgulhosa omissão, a dinastia filipina.

Porta férrea (1633), maneirista. Arco triunfal de dupla face, com
imagens alusivas às 4 faculdades (Leis, Teologia, Cânones e Medicina)
e a 2 reis, Dinis, que fundou a universidade, e João III, que e levou
definitivamente para Coimbra. Coroando os alçados de cada lado,
junto ao telhado, está a imagem da sapiência (abaixo)




Sé velha

Sé velha (séc. XII-XIII). A igreja-fortaleza manteva a traça românica, apesar
das 'bem-feitorias' efectuadas no séc. XVI, como o revestimento de azulejos,
a alteração da absidíolo sul, o retábulo-mor gótico ou a abertura da porta
'especiosa' renascentista. Sancho I foi aqui coroado em 1185
Porta Especiosa, João de Ruão (1530)







Claustros da Sé velha (in. 1218), transição românico-gótica.

Igreja de Santa Cruz, panteão de Afonso Henriques e Sancho I
Mosteiro fundado em 1131 pelos cónegos regrantes de Sto. Agostinho
Edifício primitivo erguido em 1132-1223, reconstruído no séc. XVI.

E A COIMBRA POPULAR




* O Paço Real das Alcáçovas foi habitação real nos séc. XII-XIV, tendo ali nascido todos os reis da 1ª dinastia, excepto D. Pedro (bem, há dúvidas quanto a Afonso Henriques, Dinis e Fernando). Mandada construir por Almansor, em 994, a alcáçova sofreu vários aumentos após a reconquista: logo em 1080, por Sesnando, Conde de Coimbra (sepultado na Sé velha), com o palácio primitivo onde Afonso Henriques instala a corte em 1130, a 1ª capela de S. Miguel, uma sala junto à muralha ocidental e uma nova cerca militar (albacar) a poente; em 1330/40, no reinado de Afonso IV, com o aumento do palácio ao longo dos flancos norte e nascente da muralha islâmica - e a construção da sala grande (base da sala dos Capelos), onde tiveram lugar as cortes de 1385 que elegeriam o Mestre de Avis rei de Portugal. Novas ampliações se devem a João I (uma ala sobre o albacar, e a prisão, sob a agora biblioteca joanina), ao seu filho D. Pedro, Duque de Coimbra (uma ala poente e uma nova capela, à custa do albacar do pai e da capela primitiva), a Manuel I e João III (telhados inclinados, coruchéus, merlões e ameias, portais, bem como a demolição da ala sul da muralha islâmica, fixando o palácio na forma em U, com uma esplanada panorâmica) e a João V (a biblioteca e a torre).

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