segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

HIPERREALISTA II. ALYSSA MONKS

Mais uma hiperrealista, ao nível de Robin Eley, Alyssa Monks consegue, em alguns dos seus quadros, atingir a perfeição, ao reproduzir os seus modelos de forma fotográfica.
E, se Eley sobe a fasquia técnica amortalhando os seus nús com plástico, Monks usa como filtros uma cortina ou um espelho embaciados, cuja distorção lhe permite uns pós de abstracionismo.
Não se pense que o hiperrealismo é uma arte menor, Monks porfiou muito para aqui chegar, acumulando formações em universidades e academias, incluindo um período em Florença. 

Stalemate (2005)

Welcome to (2005)

Liquid (2006)

Chrome (2006)

Lake George (2007)

Weight (2007)

Press (2008)

Rain (2008)

Smush (2008)

Laughing Girl (2009)

Nod (2009)

Pause (2009)



Smirk (2009) e detalhe

Filtered (2009)



Steamed (2009) e detalhe

Soft (2010)



Scream (2010) e detalhe

Charade (2010)




Squid (2011) e detalhe
 mais em www.alyssamonks.com

domingo, 30 de dezembro de 2012

HIPERREALISTA I. ROBIN ELEY

Não é realidade, não é uma fotografia, não é o superhomem, é pintura.
E tão igualzinha que, poder-se-á dizer, não acrescenta nada e custa mais que uma foto ampliada. Nada mais errado, os hiperrealistas como Eley ou Monks são mestres, só uma técnica exímia consegue reproduzir tão fielmente um corpo humano - para aumentar a dificuldade, envolto em plástico translúcido.
Quem faz isto, faz qualquer coisa.
Robin Eley (1978), nascido em Londres, crescido na Austrália e com formação artística nos EUA (onde foi para estudar psicologia), 'gasta' em cada quadro cerca de 5 semanas, 90 horas por semana. Dá trabalho, mas compensa.

A série 'Singularity' tem como tema a tecnologia que, criada para aproximar as pessoas, as separa - disse Robin, 'ao reduzir as nossas comunicações a botões gosto e mensagens curtas, muita coisa se tornou invisível e que não vemos mais... geralmente as coisas mais emotivas e difíceis de lidar. isto foi a inspiração do plástico'.
Os 15 quadros foram vendidos antes de inaugurada a exposição e, irónicamente, 14 deles foram comprados por colecionadores que os viram online.


A Salutary Breeze
Plastic
 Loss of Density

 Resolute

The Wait
Silent Respiration
The Poet
Incredulous
 Self Portrait

Portrait of Robin Eley snr
Mother' Hands
com o retratado Tom Gleghorn
Self Portrait
 
mais em http://www.robineley.com

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

E O PRÉMIO ALZHEIMER 2012 VAI PARA...


Mário Soares, com
'Nem no tempo do Salazar, havia tanta pobreza'.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O SOPRO DE OSCAR NIEMEYER

 
Não é o ângulo reto que me atrai
nem a linha reta, dura, inflexível,
criada pelo homem.
O que me atrai é a curva livre e sensual,
a curva que encontro nas montanhas
do meu país,
no curso sinuoso dos seus rios,
nas ondas do mar,
no corpo da mulher preferida.
De curvas é feito todo o universo,
o universo curvo de Einstein.
 
Disse Oscar Niemeyer, o poeta do betão armado, o ateu que criou o divino.
Disse e fez. Sabendo que não passava despercebido: 'Quando alguém vai a Brasília, eu pergunto se viu o Congresso Nacional, e pergunto, depois, se gostou, se achou que o projeto era bom. Certo de que ele poderia ter gostado ou não, mas que nunca poderia dizer que tinha visto antes coisa parecida.'
 
E fez muito. Foi embora quase aos 105 anos, obviamente a idade era um assunto recorrente: 'Existem apenas dois segredos para manter a lucidez na minha idade, o primeiro é manter a memória em dia, o segundo eu não me lembro.'
Um pouco mais a sério, disse que a 'nossa passagem pela vida é rápida. Cada um vem, conta sua história, vai embora e depois ela será apagada para sempre. Eu diria que sou um ser humano como outro qualquer, que vim, deixo a minha pequena história, que vai desaparecer como todas as outras' (no caso dele, não me parece que desapareça tão cedo).
Num filme-documentário sobre si, Oscar foi sucinto:
'A vida é isso, nasceu, morreu, f.-se. A vida é um sopro.'
E que sopro foi a sua vida.

 
 igreja de S. Francisco de Assis, Pampulha (1943)
 
 sede da ONU, NY - proposta Le Corbusier/Niemeyer (1949-52)
 
 casa das Canoas 1953
 

congresso nacional, Brasília (1958-60)


 
palácio do planalto, sede do governo (1958-60)

 
catedral metropolitana de N. Sra. Aparecida, Brasília  (1958-70)
 
 




museu de arte contemporânea, Niteroi (1996)


museu Oscar Niemeyer, Curitiba (2002)

 
pavilhão da serpentine gallery, Londres (2003)
 
auditorio ibirapuera, São Paulo (2005)

museu nacional, Brasília (2007)

teatro popular, Niteroi (2007)

centro cultural internacional, Avilés-Astúrias (2008)