segunda-feira, 10 de setembro de 2012

EMPREITEIRO DE DEUS




Cenário, Igreja de Santa Clara (Boavista, Beja). Uns murais a óleo e têmpera, a caminho dos 400 anos, estavam meio apagados. O pároco 'contratou' um velhote que vivia no lar e dizia ser pintor, que já via mal e tinha pouca mobilidade, para retocar as paredes - com tinta plástica!
O padre justificou-se, 'quis melhorar aquilo e foi o que fiz. não percebo nada disso do património'. Pois.
Isto aconteceu nos anos 80 (o Cristo de Borja é um sucedâneo, portanto), mas o auto-intitulado 'empreiteiro de Deus' não se ficou por aqui: em 2006, mandou retirar todas as cantarias da igreja, 'eram calhaus sem qualquer valor', e retirou o púlpito, 'estava a estorvar a celebração'...

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