segunda-feira, 23 de julho de 2012

BANKSTERS


Durante a grande depressão foi crismada uma palavra, um híbrido de banqueiros e bandidos - BANKSTERS.
O trocadilho orça agora em 80 anos, mas parece novinho em folha, tão actual que é.

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sábado, 21 de julho de 2012

O AMOR NÃO É...


Paula Rego, The Dance 1988

O amor não é aquilo que ilumina o teu caminho.
O nome disso é candeeiro.

O amor não é aquilo que traça o teu destino.
O nome disso é GPS.

O amor não é aquilo que dá forças para superar os obstáculos.
O nome disso é tracção às quatro rodas.

O amor não é aquilo que mostra o que realmente existe dentro de ti.
O nome disso é endoscopia.

O amor não é aquilo que atrai os opostos.
O nome disse é íman.

O amor não é aquilo que dura para sempre.
O nome disso é Manuel de Oliveira.

O amor não é aquilo que te deixa sem fôlego.
O nome disso é asma.

O amor não é aquilo que não te deixa ver as coisas como elas são.
O nome disso é miopia.

O amor não é aquilo que torna os feios em pessoas maravilhosas.
O nome disso é dinheiro.

O amor não é aquilo que toca as pessoas lá no fundo.
O nome disso é exame de próstata.

O amor não é aquilo que nos faz dizer coisas de que depois nos arrependemos.
O nome disso é vodka.

Amor não é aquilo por que rezas para que não acabe.
O nome disso é férias.

O amor não é aquilo que entra na tua vida e muda tudo de lugar.
O nome disso é empregada nova.

O amor não é aquilo que te deixa meio pateta, rindo à toa.
O nome disso é excesso de álcool.

O amor não é aquilo que se cola em ti e provoca lágrimas quando vai embora.
O nome disso é cera quente.

JÁ HÁ METRO NO AEROPORTO

Pois é, abriu há 5 dias. E parece um óptimo hall de entrada de Lisboa para milhões de forasteiros.
Primeiro, foram 11 estações em 1959, 10 com revestimentos de Maria Keil e 1 de Rogério Ribeiro (Avenida). Em 1988, as 5 novas estações tiveram a mão de Sá Nogueira (Laranjeiras), Júlio Pomar (Alto dos Moinhos), Manuel Cargaleiro (Colégio Militar), Cidade Universitária (Vieira da Silva) e Campo Grande (Edyardo Nery). E a posterior expansão da rede manteve a vertente artística que a torna uma das mais bonitas do mundo.
Agora foi a vez do cartoonista António 'ocupar' as paredes, testemunhando que a sua não é uma arte menor. 
Engavetada a primeira ideia dum mural, o autor desenhou políticos (os 4 fundadores da democracia), arquitectos, artistas, pintores, músicos, desportistas - 109 figuras que, nas suas palavras, fizeram Lisboa palco de vida (claro exagero em vários casos, como Sá Carneiro, Amadeo, Carlos Paredes ou Paula Rego).
Depois do espaço concebido, António optou por não reduzir a dimensão das caricaturas 'gentis', entre 1,8 e 2 metros, mas cortar o elenco para 48 imagens, uma delas dupla.
Ábaco: 7 mulheres e nove vivos.

Francisco Sá Carneiro
 Diogo Freitas do Amaral 
 Mário Soares
 Álvaro Cunhal

Egas Moniz
Calouste Gulbenkian
 Sacadura Cabral e Gago Coutinho
 Duarte Pacheco
Pardal Monteiro
 Cassiano Branco
 Carlos Paredes
 Maria João Pires
 Fernando Lopes Graça
 Viana da Motta
 Amália Rodrigues
 António Silva
 Vasco Santana
 Beatriz Costa
 João Villaret
 Raul Solnado
Rafael Bordalo Pinheiro
 Columbano Bordalo Pinheiro  
Amadeo Souza-Cardoso
 Stuart Carvalhais
 Leopoldo de Almeida e Almada Negreiros
 Maria Helena Vieira da Silva 
Mário de Cesariny
 João Abel Manta
 Júlio Pomar
Paula Rego
 Eusébio
Carlos Lopes
José Maria Eça de Queiroz 
Ferreira de Castro
 Fernando Pessoa 
 Aquilino Ribeiro
 António Sérgio

Alexandre O'Neill
Vitorino Nemésio 
 Natália Correia
Agostinho da Silva
José Cardoso Pires  
David Mourão-Ferreira
Sophia de Mellho Breyner  
José Saramago
António Lobo Antunes