sábado, 29 de outubro de 2011

DOA A QUEM DOER


Entrevista a Helder Rosalino, SE Administração Pública, ao Expresso de 29/10/2011
"Terá que ocorrer uma redução com significativa no número de efetivos da Administração Pública nos próximos anos, de modo a que seja possível acomodar uma redução sustentada dos custos com pessoal do Estado, que não seja exclusivamente baseada na variável preço (salários).Temos, por outro lado, que olhar para a estrutura de efetivos da Administração Pública e para as políticas salariais vigentes, no sentido de as compatibilizar devidamente. Temos, porventura, que melhorar a competitividade do Estado relativamente a alguns grupos profissionais e ajustar para os níveis de mercado a remuneração de outros grupos profissionais, relativamente aos quais a Administração pagará acima do que é a prática no privado."
"A suspensão progressiva dos subsídios de natal e de férias, no contexto de emergência nacional, teve três grandes ordens de razão para incidir sobre os funcionários públicos: A primeira - incontornável - é que a redução de salários da função pública concorre para a consolidação do défice do Estado, na medida em que representa redução da despesa do Estado. A segunda, teve que ver com os incentivos relacionados com a proteção do emprego que existem para a maioria dos funcionários públicos e que não existe para o sector privado, o que tem como corolário, o facto de os trabalhadores do privado poderem perder a totalidade da remuneração em casos de redução dos postos de trabalho ou de encerramento de empresas. A terceira razão baseia-se na disfunção salarial conhecida entre a média dos salários na função pública e a média dos salários no sector privado. De facto, existem estudos que demonstram que o prémio é mais elevado no sector público do que no privado, embora isso não se verifique para todos os grupos profissionais do Estado, sobretudo para os mais qualificados."
(Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/governo-admite-despedimentos-na-funcao-publica=f684064#ixzz1cB61GGBT)

Trocando por miúdos:
Essa canga de 'afortunados' ganha mais que os outros (primeiro pormenor, não em licenciados, em muitas profissões, há 10-15 anos; segundo pormenor, entre 2002 e 2010 perderam um 6º do rendimento real, em 2011-12 vão perder mais um 3º), pelo que os salários ainda vão descer mais.
Essa corja de 'bafejados' não pode ser despedida como os outros... mas vai sê-lo, e não tarda.

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