"Para certos republicanos a República tem sido um pé de cabra com que vêem aumentando os seus haveres." Senador João de Freitas, histórico republicano, in Boletim parlamentar do Senado, 11-06-1913
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011
A PORTA DA RUA É A SERVENTIA DA CASA
O Montepio Geral - Associação Mutualista, organização criada em 1840 por empregados públicos, tem como fins e objectivos estatutários desenvolver acções de protecção social e da saúde, promover a cultura e melhorar a qualidade de vida dos seus associados. Como associação mutualista, não tem fins lucrativos, aplicando os lucros na prossecução dos seus fins e objectivos.
Poderia pensar-se, pois, que o Montepio fosse um banco diferente.
Não é. Notícia de ontem: o Montepio informou os 200 funcionários do Porto do (por si fagocitado) Finibanco que as instalações vão fechar, devendo apresentar-se na próxima segunda-feira nas instalações de Lisboa. Mais esclareceu o Montepio que, caso não estejam interessados em deslocar-se 300 km para sul, os trabalhadores sempre podem optar pela rescisão de contrato.
Como o Montepio, o Estado português também visa, entre outras coisas, a protecção social e melhorar a qualidade de vida dos seus 'associados'. É, não é?
Notícia de hoje: o Secretário de Estado Helder Rosalino informou os sindicatos que pretende diminuir o número de funcionários públicos, canalizando 140.000 pessoas para a mobilidade especial, cunhada durante o consulado socialista. Será diminuída a compensação (% do salário anterior) a quem esteja na 'bolsa' de disponíveis e uma das penalizações (castigos) previstas a quem recusar uma recolocação - independentemente da função ou do local - é ficar uma ano de licença sem vencimento... para pensar um bocadinho melhor.
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