quarta-feira, 14 de setembro de 2011

AQUI JAZ O EDUQUÊS


Há uns anos, governava (?) o Guterres, germinou a ideia que os alunos, para aprender, deviam ser seduzidos, que a educação era um processo quase negocial, e que se um aluno chumbava, era o professor que devia explicações.
Esse tempo acabou.

Fui ontem à reunião de recepção dos pais dos novos alunos do 'ciclo', como é o meu caso e o do meu parceiro do lado, com os braços tatuados do ombro ao pulso. A directora dos directores de turma - que levantava o sobrolho a cada interrupção, pois os pais foram chegando às pinguinhas, uns insurrectos - agraciou-nos com um powerpoint, sobre o bértice (sic) aluno-pai-professor e essencialmente sobre disciplina que, dizem os últimos estudos, tem o condon (sic) de desenvolver o cérebro.
Uma dos chavões dizia que "estranhos preconceitos e falsas ideias pedagógicas" arguiam que a disciplina não era imprescindível.
Mais explicou a senhora que 30% da nota final* resulta, não da aprendizagem, mas das atitudes e comportamentos, e deu o exemplo da mania dos porquês: se dá uma ordem e um aluno pergunta porquê, responde 'porque sou mais velha', e só o esclarece dias mais tarde, porque 'as ordens são para se cumprir, não para se questionar'.
Shiuuuu, aqui quem manda sou eu.

* Outra parcela tem a ver com listas de verificação, a saber, a revista da mochila para verificar se o menino leva tudo, tipo revista à caserna.

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