quarta-feira, 6 de abril de 2011

FESTA DE GARAGEM

Fui a um jantar de despedida duma senhora que se reformou do meu trabalho: as voltas que a vida dá, começou a trabalhar com o meu pai, vai para 42 anos, noutro hemisfério.
Pensava que ia a um restaurante, mas não foi bem isso que encontrei à chegada: uma casa cor-de-rosa de dois pisos, com o letreiro "Vivenda Souto" e uma mini-fonte verde-musgo com um anjo, no cimo dos degraus.
Degraus esses que não subimos: a celebração foi na garagem. Havia uma fila de mesas, cadeiras de plástico de esplanada, uns bibelots bem enquadrados. Ah, o vinho foi servido em copos-medidores de plástico, daqueles para fazer bolos, muito kitch: vinho da casa - literalmente. Assim como o polvo à moda da casa e o bacalhau à casa. E, pela primeira vez, não fazia sentido perguntar "A MOUSSE, É CASEIRA?".
Parece que cada comensal havia decidido previamente o que comer, quando pagara, mas eu só descobri na altura o que me coube, "perguntámos à sua esposa". A mim pediram o dinheiro dos dois, a ela deram a escolher os pratos, mai' nada!
Quem teve necessidade, informou que o acesso ao WC era labiríntico, trepando escadas e passando por quartos de dormir.
A única chatice é que, cada vez que alguém queria ir fumar um cigarro à rua (o que foi quase ininterrupto), tinha que se abrir a porta hidráulica da garagem, e lá vinha a ventania pela rampa abaixo...
Eu fui a muitas festas de garagem, quando teenager, mas eram um bocadinho diferentes. Do que me lembro.

P.s.: felizes férias grandes, sôdona Milú.
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