quarta-feira, 6 de abril de 2011

DE BOAS INTENÇÕES ESTÁ O INFERNO CHEIO


Passos Coelho prometeu ontem que, quando for PM, todas as nomeações serão publicadas na internet, em favor da transparência. Eu acredito que ele acredita no que está a dizer, acho é que, quando lá chegar, muito boas promessas vão ficar pelo caminho.
Mas quem sou eu para atirar pedras a telhados alheios?

A minha única experiência electiva foi em 1987-88. Cheguei ao café (Classic) e uns amigos disseram: estivemos a falar e resolvemos candidatarmo-nos à associação de estudantes, queríamos que fosses o presidente. Consciente do meu défice de popularidade, achei melhor ficar como vice, e propus a minha irmã (finalista) para cabeça-de-lista. 
A eleição foi parecida com o duelo Soares-Freitas dois anos antes: passámos "à rasquinha" à segunda-volta, mas batemos a lista K no photo-finish. Lembro-me pouco da "nossa" gestão - tenho ideia que o nosso gabinete ficava por baixo dumas escadas -, mas que saí uns meses depois.
É certo que, para a vitória, talvez tenha tido influência o facto da lista concorrente ter candidatos e a base de apoio nas freguesias rurais, ou o facto da lista B, derrotada na primeira volta - entre muitas lágrimas e enquanto se arrumavam os boletins - ter declarado o seu apoio ao nosso 'projecto'. Tudo bem.
Mas o trunfo da campanha foi a promessa de trazermos os Xutos & Pontapés (ainda em fase de crescimento) à escola. Mas nós acreditávamos que era possível, bastava arranjarmos uns, sei lá, cem contos!
Não sei se chegámos a saber o valor certo do cachet, mas a legislatura passou tão depressa...
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