quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VRRUUUUUMM


Nunca fui dado a mecânica e aquelas tarefas domésticas “de homem” são cumpridas de forma sofrível. Desde sempre.
14 anos. A caminho do liceu, numas ruas periféricas (para fugir à GNR), a mini-mota da minha irmã parou. Levei-a à oficina e a rápida prescrição do mecânico funcionou, a gasolina estaria “coalhada” e devia ir à bomba atestar… Eu tinha abanado a mota e ouvia barulho, mas o tubo do depósito era alto e não aproveitava restos!
24 anos. Levei 2 consultores ao stand para ver uma R4 em 3ª mão, daquelas que se fecha o ar quando está frio – reviraram o carro e aprovaram, “os arrebites”, só não repararam que, de trás, se conseguia ver 3 rodas. Certa vez saí de casa a caminho do trabalho, andei 1 km e o carro deixou de funcionar: deixei-o no lugar, fui chamar o tio da Susana e depois o mecânico, o veredicto foi simples, tinha fechado “demasiado” o ar e afogado o carro. O problema é que o carro parara na curva duma estrada daquelas que está vazia às 7.45 e não se avança às 7.50: o senhor do carro atrás de mim assumiu que estava no trânsito e começou a ler o jornal, e ficaram assim umas dezenas de carros atrás do meu, vazio.

Porque me lembro disto agora?
Desde que o meu carro perdeu o cheiro a novo, que não o mimo, não vá habituar-se: óleo vê-se na revisão, sabonete e aspirador (quase) uma vez por ano. Há dois anos que, quando vou na estrada e a minha mãe me telefona, ouve a chiadeira e resmunga que ainda não mudei as escovas do para-brisas. Como não é “viril” ir à oficina para por escovas novas, hoje finalmente substitui-as. E parti o vidro. Nem tudo é mau, deu para ver que as molas estão boas…

Não provocou riso quem foi capaz de rir de si mesmo. Séneca
Quem sabe rir de si mesmo, diverte-se muito mais. Saint Simon

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