quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

JANELA (IN)DISCRETA

Vivian Maier (1926-2009), ama de profissão, aproveitava as folgas para fotografar tudo e nada.
2 sítios (vivianmaier.blogspot.com e www.vivianmaierphotography.com, com mais de 100000 e 12000 negativos, respectivamente) divulgam a obra da senhora que, durante décadas, tirou fotografias de instantâneos, a maioria em Chicago, que não mostrou a ninguém. Foi por acaso que as dezenas de milhares de negativos, milhares de fotos e slides, alguns filmes caseiros e inúmeros rolos por revelar viram a luz do dia: John Maloof comprou uma caixa de negativos num leilão em 2007, foi adquirindo outras que acreditava ser da mesma dona e descobriu numa delas o nome da fotógrafa: o google revelou-lhe que a mesma morrera dias antes. Encontrou mais tarde, noutra caixa, o nome dum dos “patrões” de Vivian e encontrou-lhe o rasto.
Segundo conta o Sol, a ama dizia, a quem a recebia em casa, que a sua vida estava em caixas (ultrapassaram as 200), que transportava para cada nova morada – antes pelo contrário, a vida dos outros estava naquelas caixas. Arrisco eu, meio milhão de anónimos, tirando honrosas excepções (como Dali), foram captadas por uma dotada voyer.










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