domingo, 13 de fevereiro de 2011

É TUDO MUITO RELATIVO

 2 das peças roubadas


Depois do Iraque, o Egipto.
28 de Janeiro, o povo enche a praça Tahrir. No Museu Egípcio do Cairo, com frente para a praça, uns cretinos aproveitam o rebuliço para um assalto e sacam oito peças muito valiosas, incluindo uma estátua de madeira coberta de ouro do rei da XVIII dinastia Tutankamon, uma estátua em calcário de Akhenaton, outra de Nefertiti e uma cabeça em cerâmica de uma princesa de Amarna, antiga capital de Akhenaton, a estatueta de um escriba de Amarna, estatuetas funerárias e um amuleto que representa um escaravelho de Yuya.
Danos colaterais, 70 peças danificadas, incluindo a decapitação de duas múmias dos avós do faraó Aquenáton.
O director do serviço de antiguidades egípcias, e secretário de Estado, Zahi Hawas - aquele homem com chapéu à Indiana Jones que aparece em todos os documentários sobre arqueologia egípcia - estava consternado, dizia ter visto destruído o trabalho dos últimos 9 anos.
O que não for recuperado há-de acabar no cofre-forte de algum egoísta, que quer as peças só para si, pois mais ninguém as poderá ver.
Preço? Não têm.

Mas tudo o resto se quantifica. O rendimento diário médio dos 88 milhões de egípcios não chega a 2 euros, a fortuna acumulada pelo "reformado" Mubarak é estimada entre 29 e 51 mil milhões de euros.

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