"Para certos republicanos a República tem sido um pé de cabra com que vêem aumentando os seus haveres." Senador João de Freitas, histórico republicano, in Boletim parlamentar do Senado, 11-06-1913
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
SÃO NÚMEROS, SENHOR, SÃO NÚMEROS!!!
Reinava D. Maria a segunda, no ano da graça de 1849, quando foi criado o Tribunal de Contas. Desde essa altura que se estima o que se deve. E assim se conclui que a dívida pública actual é a mais alta dos últimos 160 anos. Mesmo em 1890, quando Portugal assumiu a bancarrota parcial, os números não tocaram o tecto. E nessa altura não havia empresas estatais e parcerias público-privadas, responsáveis hoje por mais 23 e 30 pontos de dívida, em percentagem do PIB. Como diria o Guterres, é fazer as contas, 90+23+30=143% do PIB (aqui que ninguém nos ouve, no fim do "tenebroso" consulado do Santana, a dívida estava na casa dos 60%).
E a dívida sobe a cada minuto.
É grave? Não. Sócrates acusa os jornalistas que o questionam dia-sim-dia-sim de estarem "obcecados" com as contas públicas e insiste que "Portugal não precisa de ajuda de ninguém".
Não fosse trágico, o optimismo do PM é tão hilariante como a responsável da fábrica Imperial explicar que o reinício da produção do mítico chocolate COMACOMPÃO visa um público preocupado com a saúde e bem-estar (sic). Vai-se a ver, quem perguntar se comer um papo-seco com uma talhada de chocolate não faz mal, é acusado de hipocondria...
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