sexta-feira, 23 de abril de 2010

DÔRES DE CRESCIMENTO


Como esclarecimento inicial, devo dizer que os filmes para as crianças são fabulosamente realizados e alguns são bem divertidos, a anos luz dos filmes da Disney que nós vimos na “nossa” altura.
Sei porque tenho pilhas deles em casa, e porque nos últimos anos, com raras excepções, as minhas idas ao cinema a eles se devem.
Um domingo destes, fui a Braga de manhã ver o Idade do Gelo 3. Encontrei uma conhecida, blábláblá, o que fazes aqui? Olha, fui cravado para ir ver um filme infantil, respondi com ar resignado. Ela retorquiu “aproveita, ainda vais ter saudades, os meus filhos já não querem sair connosco”.
Acredito piamente.
Mas, de momento, tenho é saudades de ir ao cinema ver um filme de crescidos.

Ainda vai demorar até as crianças quererem distância, por enquanto acordo a maioria dos dias com 3 (ou 4) pessoas na cama. Agora estou na fase em que desisto de explicar que há mulheres em países esquisitos obrigadas a sair à rua debaixo dum lençol, digo "imaginem o caloraço" e a mai' velha pergunta "como o homem que veste o fato do Panda?" (o da TV)
Tá bem, que o tempo corra devagar. Mas os próximos 3 meses podem andar depressa. É que o meu filho mais novo vai para a escola, o que significa que vai acabar a renda do infantário, que custa mais que a minha casa.
Claro, devo agradecer-lhes estes anos que guardaram e mimaram os miúdos, mas sou um homem do Excel, e 'tá lá que, em Julho próximo (e descontando alguns extras que não registei), gastámos €34.246,36 no ABC. Dava para comprar um carro bom.
Como diz um amigo meu, um filho custa o mesmo que um Ferrari. Sem tirar nem por.

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