"Para certos republicanos a República tem sido um pé de cabra com que vêem aumentando os seus haveres." Senador João de Freitas, histórico republicano, in Boletim parlamentar do Senado, 11-06-1913
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domingo, 14 de março de 2010
REUNIÃO MAGNA
Como todos, provavelmente, vi bocados do congresso do PSD neste fim-de-semana. Continua a ser o partido com reuniões mais engraçadas, é consensual.
Espremido, espremido, fica o quê?
Aprovaram uma norma que proíbe críticas ao partido nos 2 meses antes de eleições – uma tolice, nunca tirarão proveito, mas levam o ferrete a fogo da fama.
A regra de 2ª volta para eleição do líder, talvez a alteração mais importante dos estatutos, não passou porque não havia quórum, fez-se tarde e os congressistas tiveram que regressar a Macedo de Cavaleiros.
Há sempre uns cromos, agora foi a presidente a prazo a levar uma cabeçada duma câmara de TV (condicionamento dos media) e o Alberto João a abandonar o palco e sentar-se ostensivamente ao lado do Rangel, amuado porque o Passos disse que o perdoava (albertices).
Fez-me lembrar quando Menezes saiu a chorar do congresso de 95, vaiado por ter criticado os "elitistas, sulistas e liberais".
A revelação do congresso foi mesmo deste ex-presidente: afirmou que Aguiar Branco tinha mais hipóteses eleitorais se fosse menos sério e apoiou Passos. Dixit.
Loas à franqueza, mas estamos conversados.
A modos que não me interessa quem ganha um partido onde não voto, mas espero que saia dali o próximo PM, é sinal que o sôr engenheiro-técnico (o que consegue não rir quando diz que os tugas não vão pagar mais impostos este ano) vai para casa.
Se escolhesse, não optava o Passos (torço sempre pelos mais pequeninos ou que estão a perder), que tem o aparelho todo atrás, os gajos que lá estão sempre para gerir prebendas e pequenos poderes.
Não votei na eleição para a minha Ordem, porque havia gente de quem não gostava em todas as listas. Acontece o mesmo aqui: todos os candidatos estão mal acompanhados (tirando o Castanheira, que não tem claque). Até o Rangel, com quem talvez simpatize mais, lá tem a Lopes de Costa e o Arnaut. Blhh.
Boa análise Toli :)
ResponderEliminarNo entanto permite-me acrescentar mais umas coisinhas: Num congresso em que todos sabiam que iria ter uma ampla cobertura dos media o que fica é o quê? Duas insignificâncias que não interessa ao português que só se lembra da política quando a isso os obrigam.
Assim, o "psst ó cala-te" a dois meses de eleições (que até entendo como uma revolta das bases por verem os "chefes" sempre à trolitada em vez de se entenderem) é o que sobra deste congresso? E os problemas do país? E mais importante que os problemas, onde estão as soluções?
A outra questão mais debatida (ou que transpareceu mais), da eleição a duas voltas, também pouco interessará ao país. Será que não dá para que os partidos, sejam lá eles quais forem, debatam e decidam estas questões mais técnicas de maneira a não nos aborrecer? Eu gostaria era de ouvir propostas concretas...
E o "D. Sebastião" que tarda em aparecer... Não me parece que ainda seja desta.
Luís Coito
Padrinho, que bom ver-te aqui.
ResponderEliminarVai aparecendo.
Quanto ao ppd/psd, não é preciso um homem providencial, é necessário um homem normal com visão, determinado e sério. E com vergonha em ocupar o Estado com a sua tribo, já agora.