É óptimo que a rapaziada mai’ nova, atraída pelo colectivismo dos meios de produção, veja os bons comentários que têm passado na TV e saiba como foi*, pois não caíram só ditaduras, mas todo um sistema económico. Saberão que gémeos são a melhor amostra para estatística, pois eliminam-se muitos viezes: a comparação entre as duas alemanhas até 89 (cujas diferenças tardarão a desaparecer) uma viçosa, outra anémica, é prova do efeito do domínio do Estado na economia.
O POVO SOMOS NÓS foi o slogan de Leipzig, e diz tudo sobre o falhanço dos totalitarismos de esquerda, quando uma vanguarda pretende representar o povo mas não o deixa escolher, ou sequer falar - governo do povo, pelo povo, contra o povo.
O que mais me impressiona é como proliferavam os informadores das secretas, como os mais de 100.000 bufos da Stasi alemã, por uma miríade de motivos: cobardia, chantagem, inveja, dinheiro, carreira, … podia ser o vizinho insuspeito, o colega, o cunhado, o irmão.
O caso mais esquizofrénico é o da ROMÉNIA, onde Nicolae e Elena Ceauşescu atingiam o delírio, com ordens para a espionagem dos próprios filhos e para a destruição do cocó do secretário-geral (para espiões não descobrirem as suas doenças), a limpeza de mãos com toalhetes após cumprimentar dirigentes africanos, o envenenamento, tortura e internamento em hospícios dos pseudo-inimigos de Estado, a construção do 2º edifício maior do mundo, a seguir ao pentágono (1100 salas, sobre os escombros de 28 igrejas e 30.000 casas). Isto num país onde as patas de porco eram as “patriotas”, porque toda a restante carne era exportada, para minorar as necessidades de caixa.
Eu, contra a pena de morte, assisti contente ao julgamento sumário e fuzilamento subsequente deste casal. A ser alguma coisa, foi tarde.
* Uma deputada nova do PCP respondeu, em entrevista, nunca ter ouvido falar em GULAG... sinto-me bem representado, e vocês?
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